Saúde
Como o desenvolvimento de habilidades contribui para a prevenção e combate ao abuso infanto-juvenil
O mês de maio é dedicado à conscientização e prevenção ao abuso infanto-juvenil, dentro de um cenário alarmante e que só aumenta cada vez mais, deixando marcas desastrosas no desenvolvimento de crianças e jovens que sofrem esse tipo violência. E dentre tantas informações, saber que no ambiente familiar é onde acontece a maior parte desses abusos, faz-nos questionar sobre o paradoxo papel da família, a qual deveria ser o de cuidar, zelar, proteger e garantir a segurança desse público que se encontra em uma fase por si só já bastante vulnerável e susceptível a tantas formas de violência.
E considerando as peculiaridades dessa fase, onde há o desenvolvimento de várias habilidades socioemocionais, como a autonomia emocional que se consolida a partir da construção de uma autoestima saudável, o desenvolvimento da autoimagem (como cada pessoa se enxerga), possuir uma autoimagem positiva e autoestima permitirá à criança estar apta a reconhecer comportamentos abusivos e a solicitar auxílio quando necessário. Essas micro competências fortalecem a resiliência emocional da criança, além de facilitarem a construção de relacionamentos saudáveis e a comunicação assertiva.
No contexto de prevenção ao abuso infantil, a autonomia emocional permite que as crianças estabeleçam relações saudáveis, reconheçam sinais de alerta e busquem apoio quando se sentirem ameaçadas. Além disso, ela também desempenha um importante papel na afirmação das crianças, permitindo que elas se tornem ativas em sua proteção e bem-estar. Pais, educadores e profissionais envolvidos em contextos infantis desempenham importante papel ao reconhecer a necessidade de contribuir para o desenvolvimento da autonomia emocional.
Embora, ao vivenciar o abuso, todo esse desenvolvimento pode ficar comprometido. É uma invasão dos limites sobre o corpo do outro, valendo-se de uma hierarquia e também de uma cultura ainda muito “adultocêntrica” que negligencia a fala de crianças e jovens, que se percebem descreditados e desvalidados pela forma que se sentem, o que acarreta em falta de denúncias e tomadas de decisões cabíveis para acabar com o ciclo de abuso.
A escola acaba se tornando esse espaço “seguro” e possível para expressarem sobre suas dores, demandas emocionais, a partir de um vínculo construído com o professor, com a turma. E que cujo espaço deveria preservar esse sentido: de acolhimento, de escuta e de ressignificar essas marcas até então escondidas e sufocadas, para que esses alunos em sofrimento possam desenvolver habilidades que o auxiliem no manejo com esse sofrimento.
Tal contribuição pode ser realizada por meio de atividades educacionais que incentivem a expressão emocional, bem como por meio do desenvolvimento de habilidades de resolução de conflitos. A construção de relacionamentos fundamentados no respeito mútuo também se apresenta como fator relevante para esse fim. Diante do exposto, com o fito de se construir um futuro seguro e saudável, há a necessidade de uma abordagem sistemática que leve em consideração os aspectos individuais e sociais que estão presentes na vida das crianças.
Sobre a HUG
A Hug Education desenvolve programas de educação socioemocional que abordam tanto os aspectos intelectuais quanto emocionais e existenciais dos alunos, usando métodos e tecnologias inovadoras para promover o desenvolvimento integral do ser humano.
Mais lidas
-
1Thriller psicológico
Pisque Duas Vezes: Final Explicado! O que realmente acontecia na ilha?
-
2Pré-eclâmpsia
Estado de saúde de Lexa se agrava e parto deve acontecer a qualquer momento
-
3Música
Show do Coldplay no Brasil em 2025 já tem data confirmada e será no Mangueirão, em Belém
-
4Ato obsceno
Casal é flagrado fazendo sexo em praça pública em plena luz do dia em Palmeira dos Índios
-
5Dano moral
Após saldo 'bilionário' negativo, mulher vai buscar indenização