As ações contra o avanço da Covid em Alagoas deram a tônica das atividades das Secretarias Estadual e Municipal de Saúde de Maceió e ajudaram o Estado a registrar uma estabilidade na quantidade de casos.

Neste mês de janeiro, foram celebrados os três anos de aplicação da primeira vacina contra a Covid-19 e a data serviu para reforçar a importância do imunizante para o controle da doença.

Desde então, em Maceió já foram aplicadas 2.454.290 de doses. A estimativa é de que 1.109.388 de pessoas tenham sido imunizadas apenas na capital.
O número corresponde a 72,06% da população vacinável totalmente imunizada. Entre a população pediátrica, na faixa etária de 5 a 11 anos, foi totalmente imunizada 40,15%. Os dados são do Vacinômetro e foram atualizados ontem.

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) afirmou que, em 2023, a capital registrou uma queda no número de casos confirmados em relação ao ano anterior.
“Desde o primeiro momento da disponibilização da vacina contra a Covid-19, Maceió tem assegurado a continuidade da imunização em pontos estratégicos na Capital, além da vacinação nas unidades de saúde”, destacou a pasta.

Segundo o Ministério da Saúde, mesmo com aumento de novos casos de Covid-19 em algumas regiões do país, alguns estados registraram uma estabilidade na contaminação. Alagoas está entre eles, onde demonstrou um declínio de contaminação a longo prazo.

Ainda de acordo com registros da Diretoria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Saúde de Maceió (SMS), em um comparativo com os últimos dois anos houve uma queda nas confirmações de casos de Covid na capital. Enquanto no ano de 2022 foram confirmados um total de 35.928 casos, em 2023 as notificações baixaram para 2.178. Isso demonstra a importância de manter a vacinação, a fim de garantir a imunização dos diversos públicos e gerar segurança na saúde pública.

De acordo com o médico infectologista Fernando Maia, o aumento no número de casos de Covid-19 já era esperado.

“A Covid virou mais uma doença sazonal que tem mostrado esse comportamento de aumentar o número de casos exatamente nessa época do ano”, explicou.
Felizmente, disse o médico, a quantidade de casos foi bem menor do que a gente esperava. “O que prova a eficácia da vacina. Continua sendo muito importante as pessoas, principalmente as vulneráveis e os grupos de risco, tomarem a sua vacina. A vacina não evita a doença, mas evita a forma grave. Nós já tivemos mortes por Covid-19 exatamente em pacientes comprometidos e pacientes que não estavam corretamente vacinados. Então é muito importante ter esse cuidado de manter a vacinação em dia para se evitar as formas graves e o óbito por Covid”, ensinou o infectologista.

Em Alagoas, a assistente social do Hospital da Mulher Dra. Nise da Silveira (HM), Marta Antônia de Lima, foi a primeira a receber a vacina da Covid-19.
“A vacina é uma ferramenta extremamente importante para gente reduzir o risco de complicações e inclusive de óbitos relacionados ao Covid. Sei que foi uma decisão acertada, nesses três últimos anos temos visto reduzir o número de pessoas que tiveram complicações por conta da Covid”, explicou Marta Antônia.
“A lembrança que me ocorre foi o susto com a Covid, eu sendo uma profissional de saúde que estava mergulhada naquele momento, nos serviços que o Hospital da Mulher fazia, pois ele era referência no atendimento à Covid. Foi um dia extremamente significativo na minha vida pessoal, profissional e também para a população de uma forma geral”, salientou a assistente social.