Saúde

Boletim da Sesau aponta que Alagoas não registra casos de meningite há 30 dias

Último caso confirmado da doença foi notificado no dia 5 de setembro; paciente reside em Maceió e está totalmente recuperado

Por Josenildo Törres / Ascom Sesau/AL 06/10/2023 16h20 - Atualizado em 06/10/2023 22h12
Boletim da Sesau aponta que Alagoas não registra casos de meningite há 30 dias
Boletim epidemiológico da Sesau mostra que há um mês não há casos confirmados de doença meningocócica - Foto: Carla Cleto / Ascom Sesau

Boletim epidemiológico divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) revela que o estado não registra casos de doença meningocócica há 30 dias. Segundo o Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (Cievs), o último caso confirmado da doença em Alagoas foi no dia 5 de setembro. O paciente, que reside em Maceió, é do sexo masculino e, de acordo com a Gerência Estadual de Vigilância das Doenças Transmissíveis, está totalmente recuperado.

O boletim epidemiológico é produzido com base nos resultados dos exames realizados pelo Laboratório Central de Alagoas (Lacen/AL), que remete os dados ao Cievs. Com isso, no período de 6 de setembro até esta quinta-feira (5), nenhuma das amostras coletadas como suspeitas testaram positivo para a doença meningocócica.

O último boletim epidemiológico emitido pela Sesau aponta ainda que no período de agosto de 2022 até esta sexta-feira (6), Alagoas registrou 29 casos de doença meningocócica. Deste total, 27 casos são de Maceió, onde 10 evoluíram para óbito; um caso em São Luís do Quitunde; e um caso em Atalaia, que também não resistiu à gravidade da doença e evoluiu para óbito.

O secretário de Estado da Saúde, Gustavo Pontes de Miranda, ressaltou que os dados são benéficos para o estado, porque mostram um arrefecimento da doença meningocócica em Alagoas. “Essa é uma ótima notícia para a população alagoana. Chegarmos ao 30º dia sem casos de doença meningocócica é a prova que o trabalho que vem sendo feito pelos técnicos da Sesau e dos municípios tem sido eficaz, seja na prevenção, diagnóstico e tratamento da nossa população”, pontuou o gestor da saúde estadual.

Assistência

O secretário executivo de Regulação e Gestão, Igor Montteiro, assegurou que a Sesau vem seguindo o Plano Estadual de Enfrentamento à Doença Meningocócica. Construído pela equipe técnica da Sesau e dos municípios, ele tem como diretrizes a prevenção, o diagnóstico dos casos de forma precoce, o bloqueio em tempo oportuno feito com medicamentos nos contatos dos pacientes diagnosticados e, principalmente, na assistência por meio da Rede Hospitalar do Estado.

“Todos os pacientes que procuraram a nossa rede estadual Saúde tiveram o devido acolhimento e tratamento necessário. A Sesau reafirma o compromisso de continuar vigilante e atuando de forma integrada com os municípios para prestar a assistência devida à população”, salientou.

Orientações

O infectologista da Sesau Renee Oliveira orientou que, ao perceberem os sintomas da doença meningocócica, os responsáveis ou a pessoa acometida pela patologia devem procurar uma unidade de saúde mais próxima da residência. “A população deve fazer a sua parte, procurar os postos de vacinação com seus filhos e seguir o calendário vacinal de forma correta, completando assim o esquema vacinal preconizado pelo Ministério da Saúde”, destacou Renee Oliveira.

O calendário nacional de vacinação contempla as cinco vacinas disponibilizadas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e que estão disponíveis nos 102 municípios alagoanos. De acordo com o especialista, o Ministério da Saúde (MS) disponibiliza as vacinas Meningocócica Conjugada C, Meningocócica Conjugada A, C, W e Y, Pentavalente, Pneumocócica Conjugada 10-Valente e a BCG, que visam conferir a proteção adequada contra as principais formas da meningite, evitando o adoecimento e a disseminação, que podem levar a surtos, sequelas das pessoas acometidas, hospitalizações por longos períodos, além de óbitos.

Sobre os sintomas e transmissão da doença meningocócica, Renee Oliveira salientou que a pessoa acometida apresenta febre, mal-estar, vômitos, náuseas, dor de cabeça e rigidez na nuca, a ponto de não conseguir encostar o queixo no peito. “No tocante às formas de transmissão, a meningite pode acontecer através do contato com alimentos e água contaminados, na sua forma viral, e através da respiração, em sua variação bacteriana”, enfatizou.