Saúde

Combate ao Fumo: entenda a importância da psicoterapia no tratamento do tabagismo

Estatísticas do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que, no Brasil, 443 pessoas morrem por dia devido às consequências do uso do cigarro

Por Assessoria 26/08/2022 14h33
Combate ao Fumo: entenda a importância da psicoterapia no tratamento do tabagismo
Psicólogo do Sistema Hapvida, Carol Costa - Foto: Assessoria

Por muito tempo, o hábito de fumar foi associado a uma vida elegante, feliz e realizada. Mas, felizmente, o costume deixou de ser símbolo de modernidade e passou a representar um problema de saúde pública. Atualmente, já se sabe que o tabagismo está ligado a mais de 50 tipos de doenças, como câncer de pulmão, boca e de faringe, além de problemas cardíacos.

O Dia Nacional de Combate ao Fumo, comemorado no dia 29 de agosto, foi criado com o objetivo de conscientizar a população sobre os inúmeros prejuízos causados pelo tabaco. O psicólogo do Grupo Hapvida NDI, Carol Costa, afirma que psicoterapia é fundamental no tratamento do tabagismo, já que a dependência química também envolve fatores emocionais, afetivos e culturais.

Conheça os efeitos da nicotina no cérebro

O tabagismo é conceituado com a dependência da droga nicotina, presente em derivados do tabaco, como cigarro, cigarrilha, cachimbo, charuto, fumo de rolo ou narguilé.

“Depois de ser inalada, a nicotina atinge o cérebro e age no sistema nervoso liberando substâncias que resultam na sensação de prazer. Por isso que os usuários continuam repetindo o hábito nocivo, ainda que já tenham alguma consciência dos prejuízos”, explica o psicólogo.

Dados do Instituto Nacional do Câncer (Inca) revelam que 443 brasileiros morrem, todos os dias, por causa do tabagismo. No mundo, as estatísticas também preocupam já que a Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que oito milhões de pessoas perdem a vida, anualmente, devido às consequências do uso do cigarro e seus derivados.

Uma vida sem cigarro: terapia ajuda a abandonar o vício

Carol Costa ressalta que abandonar o cigarro pode até parecer uma escolha fácil, mas requer, além de tratamento médico, apoio psicoterápico, pois, para muitos usuários, o processo pode ser percebido como um momento de perda e, em alguns casos, de luto.

Além disso, para muitos usuários, o hábito de fumar se constitui como um verdadeiro ritual que envolve desde a escolha e compra do tipo de cigarro, até o ato de acendê-lo.

“Por sentir prazer, o fumante busca o cigarro em situações de estresse, para ‘relaxar’. O problema é que a ausência de nicotina no corpo acaba causando o efeito neuroquímico inverso, aumentando sintomas de irritabilidade, insônia, dificuldade de concentração e até depressão”, diz.

Assim, a psicoterapia é focada na redução gradual do consumo de cigarros, bem como em estratégias para o enfrentamento de sintomas de abstinência para desfazer os mecanismos comportamentais relacionados ao hábito de fumar.

“O paciente é instruído sobre os males causados pelo cigarro e sobre o que esperar do processo de parar de fumar, que é, aos poucos, substituído por hábitos saudáveis e que prolongam a vida”, finaliza o psicólogo.