Saúde

Diabetes avança entre os adultos jovens no Brasil durante a pandemia

Doença dobrou entre mulheres na faixa etária 24 a 35 anos, enquanto nos homens figurou entre 18 e 24 anos

Por Assessoria 20/12/2021 20h13
Diabetes avança entre os adultos jovens no Brasil durante a pandemia
Reprodução - Foto: Assessoria
Conhecida como “doença silenciosa”, o diabetes avançou entre os adultos jovens no ano de 2020, segundo dados da Pesquisa de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2020) divulgados no início deste mês. No geral, o diagnóstico avançou 11,6% na população adulta das capitais brasileiras, mas entre as mulheres na faixa etária de 24 a 35 anos, o número dobrou em relação ao ano anterior. Entre os homens, o avanço foi na faixa etária de 18 a 24 anos. Este avanço é associado ao aumento do sedentarismo, seja pela falta de uma rotina de exercícios físicos quanto pela piora nos hábitos alimentares - fatores que aumentaram muito durante os meses de isolamento do início da pandemia de Covid-19. O principal alerta dos profissionais de saúde é que, mesmo com a possibilidade de levar uma vida plena com o diagnóstico de diabetes, ela é uma doença de prevenção simples para o tipo 2 (DM2), que corresponde a 95% dos casos no mundo, de acordo com a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). A médica endocrinologista e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit/AL), Priscilla Alves, explica que o diabetes mellitus pode ser do tipo 1 e 2: o tipo 1 atinge, em geral, crianças e adolescentes, requerendo aplicação de insulina de forma constante para controle; já o tipo 2 acomete mais os adultos e, em geral, precisa de medicação por via oral, dieta e atividade física regular para controle. “Apesar de crônica, diabetes é uma doença que pode ser controlada se a pessoa mantiver alguns cuidados como diminuição da ingestão de carboidratos, do tabagismo e consumo responsável de álcool, assim como cuidados com os pés diabéticos que, se não tratados, podem levar a lesões e até amputações”, alerta a médica, sem deixar de destacar que esses mesmos cuidados podem evitar o diabetes tipo 2.