Saúde

Comidas típicas de fim de ano aumentam casos de alergia alimentar: saiba como evitar

População deve ficar atenta às delícias natalinas para não transformar as festas em um problema grave de saúde

Por Assessoria 06/12/2021 14h33
Comidas típicas de fim de ano aumentam casos de alergia alimentar: saiba como evitar
Reprodução - Foto: Assessoria
Dezembro chegou. O último mês do ano é conhecido por ser um período repleto de confraternizações e mesa farta. Mas quando o assunto é comida, nem tudo é alegria, afinal, muitos dos alimentos consumidos durante as celebrações de fim de ano podem causar alergias. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) revelam que 35% das pessoas ao redor do mundo já apresentaram algum tipo de reação alérgica. A alergologista e imunologista do Sistema Hapvida Maceió, Drª. Gisele Casado, alerta: as pessoas devem estar atentas às delícias natalinas para não transformar a festa familiar em um problema grave de saúde. Alergia alimentar: saiba como descobrir As alergias alimentares são caracterizadas por coceira, vermelhidão na pele, vômitos, cólicas e inchaço nos lábios, mas, em alguns casos, podem desencadear reações ainda mais graves como edema de glote e até anafilaxia. “O sistema imunológico da pessoa alérgica identifica a substância presente no alimento como estranha ao organismo, o que resulta em uma hipersensibilidade, que pode ser imediata ou não”, explica a médica. A proteína presente no leite da vaca e o ovo são dois dos maiores causadores das reações alérgicas. Eles têm presença garantida nas ceias, como nos bolos, tortas, doces e sobremesas, a exemplo da rabanada. “No caso do ovo, as proteínas que causam alergias estão presentes na clara, mas a ingestão da gema também deve ser evitada”, reforça Drª. Gisele Casado. Frutos do mar e cuidados com a contaminação cruzada Outros dois ingredientes muito comuns nas festas de fim de ano são as oleaginosas, como amendoim, amêndoas, castanhas e nozes, bem como os frutos do mar, incluindo crustáceos e moluscos. Neste caso, existem pacientes que sequer podem estar no mesmo ambiente onde é servido um prato contendo o alimento. A imunologista do Sistema Hapvida Maceió explica que, nesses casos, o cuidado deve ser redobrado. “O camarão, por exemplo, pode liberar toxinas perigosas aos alérgicos no próprio ar. Por isso que também devemos ter cuidado para saber como é preparado os alimentos na ceia ou em outras confraternizações para que não ocorra a contaminação cruzada, que acontece quando há a transferência de microrganismos patogênicos um alimento contaminado para outro”. O tratamento para a alergia alimentar depende dos sintomas manifestados e da sua gravidade, mas, geralmente, é realizado com remédios anti-histamínicos ou corticoides. “Também é importante excluir da alimentação os alimentos que provocam alergia e receber acompanhamento médico e nutricional para que o alérgeno seja corretamente identificado”, conclui.