Saúde
Oftalmologista alerta para a principal causa da cegueira infantil
Com moderno oftalmoscópio, Santa Mônica atende cerca 1.100 bebês prematuros por ano com risco da doença por ano

O nascimento de um bebê prematuro exige atenção redobrada para atingir o desenvolvimento pleno do pequeno organismo ainda em formação. A visão, por exemplo, pode ser afetada por uma doença conhecida como Retinopatia da Prematuridade (ROP), que, mesmo tendo possibilidades de tratamento, deixa, em média, 562 crianças cegas por ano no Brasil.
A Maternidade Escola Santa Mônica (MESM), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), atende cerca 1.100 bebês com risco de retinopatia da prematuridade por ano, através do Programa de Diagnóstico e Tratamento da ROP. Os oftalmologistas Daniela Lyra e Hélder Santana respondem pelo Programa, implantado em 2005, e que atualmente recebeu um moderno oftalmoscópio indireto com LED.
“O objetivo do Programa é identificar e tratar os casos de retinopatia da prematuridade e promover o acompanhamento oftalmológico de bebês nascidos na unidade com peso inferior a 2.000g e com menos de 32 semanas de idade gestacional”, informou a oftalmologista Daniela Lyra. De acordo com a especialista, a doença ocorre apenas em prematuros e tem como principais fatores de risco o baixo peso ao nascer, a exposição à oxigenoterapia, síndrome do desconforto respiratório, sepse, hemorragia intraventricular e gestação gemelar.
Atualmente, além do diagnóstico da retinopatia da prematuridade, a Santa Mônica também realiza o tratamento que evita a cegueira. “A partir do exame de fundo de olho, com avaliação da periferia da retina, avaliamos o bebê entre a quarta e a sexta semana de vida, mesmo que ele ainda esteja internado na UTIN (Unidade de Terapia Intensiva Neonatal)”, descreveu a oftalmologista Daniela Lyra. “Respeitar esse protocolo é extremamente importante, uma vez que a evolução da doença é rápida”, completou a médica.
A oftalmologista explicou ainda que, nos casos graves, observa-se a cegueira total e irreversível entre o quarto e o quinto mês de vida. “O tratamento da ROP tem a fotocoagulação da retina como padrão ouro. Atualmente, também tem sido utilizada injeção intra-vítrea com anti-VEGF (Avastin), com resultados bastante promissores. A injeção tem sido indicada apenas para os casos mais graves”, explicou Daniela Lyra.
A médica ressaltou também que o diagnóstico da retinopatia da prematuridade deve ser feito por um oftalmologista especialista.
[caption id="attachment_463503" align="aligncenter" width="559"] Foto: Divulgação[/caption]Mais lidas
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