Saúde

Governo do Estado antecipa liberação de vacinas para garantir aplicação da 2ª dose

Renan Filho anunciou antecipação da entrega para Maceió e Arapiraca; continuidade depende do envio de novos lotes pelo Ministério da Saúde

Por Agência Alagoas 22/04/2021 14h21
Governo do Estado antecipa liberação de vacinas para garantir aplicação da 2ª dose
Reprodução - Foto: Assessoria
Com o objetivo de garantir a aplicação da segunda dose e evitar a paralisação da vacinação contra a Covid-19 em Alagoas, o governador Renan Filho anunciou, na manhã desta quinta-feira (22), que o Estado vai antecipar a entrega de imunizantes para a Maceió e Arapiraca. “Como as vacinas tinham acabado praticamente em todos os municípios – inclusive na capital –, nós antecipamos a D2 [segunda dose] da 10ª remessa para não parar a vacinação agora”, explicou o chefe do Executivo estadual, durante a solenidade de entrega de novas viaturas blindadas às forças de Segurança Pública. O Governo mantém diálogo permanente com os municípios no intuito de garantir a imunização dos grupos prioritários. “Por isso, ontem, houve o pedido da prefeitura de Maceió para a antecipação de doses. O secretário Alexandre Ayres me consultou e eu autorizei”, relatou Renan Filho. “Também tenho falado com o prefeito de Arapiraca, Luciano Barbosa, para fazer o mesmo, de maneira que a gente tente, ao máximo, não paralisar a campanha de vacinação”, complementou. Para o governador, como o Estado tem recebido poucas vacinas, o adiantamento na entrega não se configura como estratégia ideal. “Porque antecipar a vacina sem ter a certeza que o Governo Federal vai mandar outras doses pode atrapalhar a campanha de vacinação como um todo. Por isso, estamos fazendo com muita prudência só para não paralisar a vacinação hoje”, justificou Renan Filho. Nos dois tipos de imunizantes – Coronavac e Astrazeneca – enviados para Alagoas, a aplicação da segunda dose é fundamental para assegurar maior eficácia. Para a Coronavac, a segunda aplicação pode ocorrer em até 28 dias após a primeira. Já no caso da Astrazeneca, o prazo é de três meses após a primeira dose. “Se a gente não segurar para garantir a segunda dose do cidadão, ele vai tomar a primeira e não vai tomar a segunda. Isso é muito ruim porque isso é contra o que a ciência e o que os estudos determinam”, assinala o governador, ao lembrar que Alagoas é o terceiro estado brasileiro que mais aplicou as doses de imunizantes recebidas pelo Ministério da Saúde. “O importante é dizer que o Estado já está aplicando todas as doses que recebe. E a paralisação da vacinação em Maceió é a mesma que aconteceu em João Pessoa e em outras capitais do Brasil. Infelizmente, neste momento, o Ministério da Saúde não tem condições de entregar as vacinas que a gente tem capacidade de administrar nas pessoas”, lamenta o gestor. “Isso significa o seguinte: o povo brasileiro quer tomar a vacina, os estados e os municípios têm condição de vacinar as pessoas, mas não há vacinas suficientes. É óbvio que precisamos receber mais vacinas, se não, infelizmente, teremos que paralisar”, finalizou.