Saúde

Hospital Helvio Auto é referência para pacientes com comorbidades infectocontagiosas

Desde janeiro de 2020, a Gerência Médica e Educação Permanente do HEHA realizou treinamentos setoriais, no local de trabalho, com os servidores sobre o novo coronavírus

Por Assessoria 16/04/2021 12h41
Hospital Helvio Auto é referência para pacientes com comorbidades infectocontagiosas
Reprodução - Foto: Assessoria

Há um ano o Hospital Escola Helvio Auto (HEHA), unidade assistencial da Universidade Estadual de Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), enfrenta diariamente a dura rotina de atender e tratar pacientes acometidos pela covid-19. Após a reestruturação das unidades que compõem a rede estadual de saúde para atendimento de casos suspeitos e confirmados da doença, em abril do ano passado, o HEHA ficou responsável pelo tratamento dos pacientes com coronavírus que apresentam outras comorbidades infecciosas, como HIV/AIDS e tuberculose.

Desde janeiro de 2020, a Gerência Médica e Educação Permanente do HEHA realizou treinamentos setoriais, no local de trabalho, com os servidores sobre o novo coronavírus. Alguns dos treinamentos serviram de orientação para que outros hospitais da rede estadual também reproduzissem o conteúdo. Os treinamentos setoriais tiveram início no Pronto Atendimento e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), seguindo para todas as unidades de assistência. Também foi instaurado um Comitê de Gerenciamento de Crise para covid-19 e construído um plano de contingência interno para todos os setores do hospital.

O fato da regulação de leitos do HEHA atender exclusivamente pacientes atingidos por outras comorbidades infecciosas trouxe maior segurança para a população que convive com HIV/AIDS e tuberculose no estado de Alagoas, uma vez que com atendimento especializado e de referência, esta parcela da população mais vulnerável imunologicamente teve suporte exclusivo e garantido.

Foi instituído um setor de triagem para identificar os pacientes com síndromes respiratórias e, após o primeiro atendimento, o usuário é encaminhado para uma sala de sintomáticos respiratórios, onde é atendido pelo médico e equipe de enfermagem com sala isolada para medicação. Desse modo, é possível evitar o contato com as outras patologias atendidas pelo hospital e, por consequência, o contágio com outros pacientes.

“Pudemos ao longo deste período de um ano manter os pacientes de covid-19 com comorbidades infecciosas bem assistidos, uma vez que utilizamos os isolamentos de acordo com as comorbidades. Enquanto alguns hospitais tiveram dificuldades para atender a demanda crescente dos casos de covid-19, tendo que suspender cirurgias e outros procedimentos, graças à organização dos leitos feita pelo Governo do Estado, pudemos prestar um bom atendimento para quem necessitou”, explicou o gerente médico do HEHA, Rodrigo Montenegro.

Atualmente, o HEHA conta com 18 leitos de enfermaria e mais dois de isolamento, em UTI, somente para o tratamento de Covid-19. Parte dos pacientes está em situação de vulnerabilidade social, alguns até em situação de rua, o que reforçou a necessidade de manter esses leitos exclusivos, uma vez que dados da Secretaria de Estado da Saúde apontam que 1.015 pessoas foram diagnosticadas com o vírus HIV só em 2019, e desde 1986, foram registrados um quantitativo de 10.823 de HIV/AIDS no estado. Atualmente o HEHA acompanha ambulatorialmente cerca de 3.000 pacientes.

O plano de contingência continua vigente há mais de um ano, a fim de minimizar ao máximo o risco de disseminação do coronavírus e outras infecções entre os setores, pacientes e servidores.