Saúde

Cai o número de casos de HIV/Aids em Alagoas

Resultados do primeiro semestre deste ano são em média 30% menores que os registrados no ano passado, segundo o MS

Por Evellyn Pimentel/Tribuna Independente 31/10/2020 13h01
Cai o número de casos de HIV/Aids em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
O número de casos e mortes registradas por HIV/Aids em todo o país vem caindo nos últimos anos, segundo dados do Ministério da Saúde há uma redução média de 20% em cinco anos. Em Alagoas, foram registrados 30% a menos de casos de HIV e Aids este ano em relação ao ano passado. A coordenadora do Programa de Combate às Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) Sheila dos Anjos explica que a redução gradativa dos casos se dá pela intensificação de políticas, principalmente de testagem rápida. “A redução no número de mortes e de casos ocorre pela eficiência do tratamento e o diagnóstico precoce. Porque com a implantação de testes rápidos de HIV nos 102 municípios, qualquer pessoa pode chegar numa unidade de referência, unidade básica para fazer o teste e de imediato saber o resultado e já ser encaminhado para o tratamento. Isso ajuda muito no controle, reduz a mortalidade precoce e melhora a sobrevida desse paciente. Porque quanto mais rápido se inicia o tratamento melhor a qualidade de vida”, expõe. Segundo a coordenadora, a assistência em relação ao tratamento foi intensificada durante a pandemia. “O tratamento nunca parou. Os atendimentos continuam ocorrendo normalmente, o que mudou foi que a gente estendeu a entrega dos antivirais para até seis meses que eram para três meses. A gente teve um pouco de afastamento dessa entrega por conta do contato físico, mas os tratamentos seguem. Graças a Deus está tudo sob controle”. O último boletim divulgado pelo Ministério da Saúde aponta que a região Nordeste reúne 37% dos casos registrados entre 2007 e 2019. “De 2007 até junho de 2019, foram notificados no Sinan 300.496 casos de infecção pelo HIV no Brasil, sendo 136.902 (45,6%) na região Sudeste, 60.470 (20,1%) na região Sul, 55.090 (18,3%) na região Nordeste, 26.055 (8,7%) na região Norte e 21.979 (7,3%) na região Centro Oeste. No ano de 2018, foram notificados 43.941 casos de infecção pelo HIV, sendo 5.084 (11,6%) na região Norte, 10.808 (24,6%) casos na região Nordeste, 16.586 (37,7%) na região Sudeste, 7.838 (17,8%) na região Sul e 3.625 (8,2%) na região Centro-Oeste”, diz o órgão ministerial. A orientação, conforme Sheila dos Anjos é procurar uma unidade de saúde para realização de teste rápido para detecção. Em Maceió, além das unidades de saúde existem as unidades de referência no Centro de Acolhimento dentro do Laboratório Central na Jatiúca, no Hospital Universitário e no PAM Salgadinho. “Se qualquer pessoa manteve relação sexual sem preservativo deve procurar uma unidade de saúde para realizar o teste rápido, ele é entregue em 15 minutos após a coleta de sangue, não há contraindicação nenhuma e caso dê reagente a pessoa já é encaminhada para o tratamento dentro de 10 a 20 dias. Antes as pessoas procuravam quando já tinham os sintomas da infecção ou de alguma doença secundária e precisavam se submeter a um teste sorológico que demorava cerca de um mês. Hoje o resultado sai em quinze minutos e o encaminhamento para a primeira consulta também acontece de forma rápida”, diz.