Saúde

IBGE começa coleta por telefone da PNAD Covid em mais de 5 mil domicílios em Alagoas

Ao todo, serão entrevistados 193,6 mil domicílios em todo o país, dos quais 5.395 integram a amostra alagoana, distribuídos em 88 municípios

Por Ascom IBGE/AL 04/05/2020 15h01
IBGE começa coleta por telefone da PNAD Covid em mais de 5 mil domicílios em Alagoas
Reprodução - Foto: Assessoria
O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) deu início, nesta segunda-feira (4), à coleta por telefone da PNAD Covid, uma versão inédita da Pesquisa nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) e realizada em parceria com o Ministério da Saúde. Ao todo, serão entrevistados 193,6 mil domicílios em todo o país, dos quais 5.395 integram a amostra alagoana, distribuídos em 88 municípios do estado. A pesquisa vai revelar a quantidade de pessoas que tiveram os sintomas de Covid-19 (como febre, tosse e dificuldade de respirar), se houve procura por atendimento e também apresentar os impactos da doença no mercado de trabalho, abordando questões como o home office, os motivos que impediram a busca por emprego e os rendimentos obtidos pelas famílias. “Identificaremos a parcela da população que procurou atendimento e em quais tipos de estabelecimentos de saúde. Para os que não buscaram atendimento, vamos descobrir como trataram os sintomas”, explica a coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Maria Lucia Vieira. A operação exige grande mobilização e, por isso, foram destacados 60 servidores em Alagoas para trabalhar na Pnad Covid. De acordo com o chefe da unidade estadual do IBGE em Alagoas, Alcides Tenório Júnior, a pesquisa produzirá informações que podem ser utilizadas para subsidiar ações na saúde e também na área econômica. “É uma pesquisa de pulso, daquelas que dão retorno extremamente rápido para a sociedade. Nesse caso, dará retorno semanal para o Brasil, para que a gente possa monitorar a situação da disseminação de sintomas da Covid-19 e também cruzar essas informações acompanhando a evolução socioeconômica do país. Mensalmente, acontecerá para Alagoas. Vale destacar que a amostra está sendo coletada em praticamente todos os municípios alagoanos”, explicou o gestor. Os primeiros resultados devem ser divulgados ainda no mês de maio. A divulgação será semanal para os dados do Brasil e grandes regiões e mensal para os estados. O módulo sobre o coronavírus Dividido em cinco blocos, o questionário tem um módulo voltado ao novo coronavírus, investigando, entre outros pontos, os sintomas, a busca por atendimento em estabelecimento de saúde e, nos casos de internação, será possível saber também se o paciente foi sedado, intubado ou colocado em respiração artificial com ventilador. Já nas situações em que não houve deslocamento até uma unidade de saúde, será perguntado se os moradores receberam, por exemplo, a visita de um profissional de saúde na residência ou se tomaram algum remédio com ou sem orientação médica. A seleção dos domicílios Para definir a amostra da nova pesquisa, o IBGE utilizou a base de 211 mil domicílios que participaram da PNAD Contínua no primeiro trimestre de 2019 e selecionou aqueles com número de telefone cadastrado. Confirmação da identidade do entrevistador As entrevistas duram aproximadamente 10 minutos e são feitas por telefone em função da pandemia. A identidade do entrevistador pode ser confirmada através do site "Respondendo ao IBGE". Para isso, deve ser informada a matrícula, RG ou CPF do entrevistador. Há também a opção da confirmação pelo 0800-721-8181. Sigilo das informações coletadas é garantido por lei Todas as informações coletadas pelo IBGE têm sua confidencialidade garantida pela lei nº 5534/1968, que trata do sigilo da informação e garante que os dados só podem ser utilizados para fins estatísticos. “Assim como na coleta presencial, o sigilo das informações dos moradores está garantido e são utilizados unicamente de forma estatística e agregada, sem identificação de nenhum deles. Os dados também não são entregues para nenhum outro órgão e seguem os princípios fundamentais das estatísticas oficiais da ONU”, afirma Maria Lucia Vieira.