Saúde
Processo de esterilização diminui risco de infecção hospitalar
Em 2019, índice de infecção de ferida operatória foi de 0,7% nas 6575 cirurgias limpas realizadas na Santa Casa de Maceió
27/01/2020 12h28

Mayra Moura, supervisora da Central de Materiais e Esterilização
Outra situação que vem registrando baixa de custos no setor, diz respeito aos materiais desinfetados. Diferente dos materiais que são esterilizados, as peças são imersas em solução para uma desinfecção de alto nível e não passam pelo processo de esterilização com o maquinário. Todos os materiais inalatórios e ventilatórios passam por esse processo de desinfecção e também tinham validade de sete dias. Com estudos fora do hospital, ficou comprovado que o prazo podia ser aumentado para um mês. “O curto prazo de validade foi discutido numa visita de auditoria. O que se questionou é que “se a embalagem estava íntegra, porque tínhamos que reprocessar?” Como há setores que não usam os materiais com muita frequência, eles acabavam voltando para a esterilização. Com os estudos feitos fora, pudemos ver que se a embalagem estiver íntegra, a validade desse material chega a 30 dias. Agora, nossos estudos internos estão buscando comprovar que a validade pode ser por tempo indeterminado. Não é um material que precisa ser estéril, pois não é invasivo. São máscaras para respirar ou de inalação que são usados externamente nos pacientes”, disse a supervisora do CME. Rastreio dá mais agilidade e segurança ao trabalho A implantação do sistema Rastro, que faz a rastreabilidade dos materiais que chegam à Central de Materiais e Esterilização, começou em 2019. Cerca de 60% do processo já foi finalizado e os resultados têm sido positivos. “Com o sistema conseguimos rastrear todos os materiais, tanto instrumentais metálicos como os inalatórios de plástico. Com ele, conseguimos saber onde cada peça está no hospital. Com isso também diminuímos custos e ganhamos tempo, pois antes o processo era manual, ligávamos para os setores para saber se o material estava lá”, disse Mayra Moura. A Central de Materiais e Esterilização conta com 44 profissionais na equipe. São quatro enfermeiros, um auxiliar administrativo e 39 técnicos de enfermagem divididos nas seguintes linhas de trabalho: expurgo, sala de preparo, maquinário e arsenal, onde se distribui o material totalmente estéril para os setores de origem. Após a gravação de alguns instrumentais e a conclusão do treinamento das equipes, o processo será finalizado. “Até o final de janeiro o sistema deve estar em 100% de atividade. Hoje, cada instrumental é cadastrado no sistema Rastro e recebe um código. Os kits também são identificados e podem ser localizados após distribuição. Basta acessar o programa. Na Central de Materiais e Esterilização, o rastreio começa no expurgo (lavagem e secagem). Depois o material é bipado novamente no sistema e passa para a sala de preparo. O técnico prepara o kit e etiqueta para a máquina de esterilização e em seguida para o arsenal, de onde será liberado”, explicou a supervisora da CME.Mais lidas
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