Saúde

Testosterona é o principal responsável por casos de calvície em homens e mulheres

Embora a patologia seja mais comum nos homens, as mulheres também podem sofrer com a perda de fios

Por Assessoria 25/03/2019 10h28
Testosterona é o principal responsável por casos de calvície em homens e mulheres
Reprodução - Foto: Assessoria
De um modo geral, os cabelos existem para proteger o couro cabeludo do frio e do calor. Entretanto, hoje em dia, os fios não ocupam mais apenas o lugar de proteção, mas, também fazem parte da personalidade das pessoas. Curto, longo, crespo, cacheado, liso, colorido ou na cor natural? Não importa, os seus fios dizem muito sobre você. Contudo, a calvície ou a alopecia androgenética, forma como essa patologia é clinicamente conhecida, tem preocupado muitas pessoas. É mais comum entre os homens, pois, eles produzem em maior quantidade o hormônio responsável pela perda dos fios: a testosterona. Mas, mesmo que seja o hormônio sexual masculino, as mulheres não estão isentas de sofrerem com a calvície, pois elas também produzem esse hormônio, só que em menor quantidade. Porém, especialistas explicam que mesmo que a testosterona tenha grande responsabilidade nisso, a alopecia também pode ser passada de forma hereditária, então, para quem já tem casos de calvície na família é importante ficar de olho na saúde capilar, para não correr o risco de perder os fios. 42 milhões de brasileiros sofrem com a calvície De acordo com a Sociedade Brasileira do Cabelo (SBC), no segundo semestre de 2018, cerca de 42 milhões de brasileiros, incluindo homens e mulheres, sofreram com a queda de cabelo ocasionada pela alopecia androgenética e, segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), essa patologia atinge metade dos homens com até 50 anos de idade. Segundo o cirurgião plástico especialista em transplante capilar, Dr. Alan Wells, não existe idade certa para ter a calvície, mas que vários fatores podem ser determinantes, inclusive a testosterona. “Quando se fala em calvície a genética é um fator importante, e não é algo que é herdado apenas do pai ou da mãe, deve-se considerar que os genes dos avós também contribuem. Mas, não existe uma regra, para cada pessoa acontece de maneira diferente. No que se refere a testosterona, o hormônio sofre uma ação de uma enzima e a partir dessa reação surgem algumas substancias que reduzem a multiplicação das células da raiz e assim afina os fios do cabelo”, explica. Como perceber a calvície? Como bem explicitado pelo Dr. Wells, a intensidade da queda dos fios pode variar, pois isso depende muito da pré-disposição que cada pessoa tem.  No entanto, a alopecia acontece de maneiras diferentes entre o sexo masculino e feminino e para cada um existe um padrão, vale atentar que em ambos os fios vão ficando mais finos e esse processo de perda de cabelo pode começar já na juventude para alguns e para outros apenas na velhice. Como é para os homens No caso deles, normalmente, os sinais são percebidos com mais facilidade dos que nas mulheres. A calvície de padrão masculino ocorre nas famosas “entradas” e no topo da cabeça.  Mas as entradas não são, necessariamente, sinal de alopecia, pois elas podem acontecer de forma natural quando os homens atingem a fase adulta. Porém, se há uma queda excessiva de cabelos, se o couro cabeludo fica muito aparente, principalmente, quando está molhado, é importante buscar um especialista. Como é para as mulheres Para as mulheres o padrão é um pouco diferente, essas entradas não acontecem, mas os fios vão afinando na região da linha divisória do cabelo feminino (no meio da cabeça) até atingirem o topo do couro cabeludo. Assim como nos homens, é importante reparar se há uma queda excessiva dos fios, que são bem perceptíveis na hora de pentear o cabelo, por exemplo. Mas de um modo geral, os sintomas de calvície são: Fios afinando; Queda excessivas que podem ser perceptíveis na hora de lavar o cabelo ou pentear; Dificuldade em esconder o couro cabeludo que fica muito aparente por cauda das quedas; Diminuição de volume nos cabelos em consequência dos sinais acima. Tem cura? Para infelicidade de quem é propenso a sofrer com a calvície, não existe uma cura. Apesar de não apresentar mais nenhum sintoma físico, além da mudança de textura e diminuição de fios, essa patologia pode influenciar diretamente na autoestima tanto dos homens quanto das mulheres que passam por este tipo de problema.  O conselho que o especialista dá é sempre ficar de olho nos cabelos, principalmente, para quem já tem histórico familiar. “A alopecia é passível de tratamento dependendo do nível que se encontra, mas se já se instalou por completa não tem como fazer os fios crescerem novamente. É importante ressaltar que cada caso é muito particular, existem jovens que já demonstram sinais de calvície, outras pessoas só percebem depois de mais velhas, não acontece na mesma intensidade para todos. Cuidar bem dos cabelos e ficar atento aos fios é extremamente importante para tratar logo no início”, detalha Wells. Técnica FUE Graças aos avanços da medicina, o transplante capilar evoluiu muito fazendo com que os resultados sejam naturais. Devido a esses progressos, hoje, é possível realizar procedimentos que não sejam invasivos. E um desses avanços se resultam na técnica Folicular Unit Extraction (FUE), que consiste num transplante capilar, no qual, são retirados fios da área doadora e inseridos na região afetada pela calvície. De acordo com o Dr. Wells, esse procedimento é possível porque a alopecia não atinge totalmente o couro cabeludo e só deve ser realizada quando a patologia já está em estágio avançado. “A técnica consiste em extrair a unidades foliculares uma por uma das regiões laterais e posterior de cabeça. Usamos um micro aparelho que ajuda a não deixar uma cicatriz aparente. Apesar de ser um procedimento delicado e que leva muitas horas para ser realizado, o paciente tem alta no mesmo dia. Toda essa destreza na cirurgia é para garantir que os fios não sejam traumatizados, porque quando isso acontece, eles podem não crescer novamente, por isso é muito importante buscar profissionais especialistas para realizar este tipo de procedimento”, finaliza o especialista.