Saúde

Sexo e sorrisos promovem 'guerra de hormônios' capaz de abater substâncias nocivas à pele

Hormônios estrogênio, dopamina, serotonina, ocitocina e endorfina estão entre os usados pelo corpo no combate ao 'vilão' cortisol, que afeta a saúde do maior órgão do corpo humano

Por G1 04/03/2019 09h52
Sexo e sorrisos promovem 'guerra de hormônios' capaz de abater substâncias nocivas à pele
Reprodução - Foto: Assessoria
Além dos cremes, dos cuidados diários, dos tratamentos e das visitas periódicas ao dermatologista, há ao menos duas atividades prazerosas que podem melhorar a saúde da pele. Sorrir e fazer sexo - não necessariamente ao mesmo tempo - liberam substâncias produzidas pelo próprio corpo que combatem outros elementos prejudiciais ao maior órgão do corpo humano. “Você tem produção de neurotransmissores (substâncias químicas desenvolvidas por neurônios) como dopamina, serotonina e ocitocina, entre outros, que reduzem o estresse. Isso acaba diminuindo o cortisol, que causa oleosidade”, afirma a dermatologista Juliana Piquet, formada em medicina pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e especialista em dermatologia. O hormônio cortisol é vilão também por reduzir a produção de colágeno, proteína essencial para dar maior elasticidade e firmeza ao maior órgão do corpo humano. Além de ajudar a garantir uma tez firme, transar é importante como qualquer atividade que aumenta a frequência cardíaca. “Melhora a circulação e o sistema imunológico. A atividade sexual pode ser comparada com uma atividade física, e o fluxo sanguíneo maior ajuda a pele a receber os nutrientes e substâncias de que precisa”, explica Roberta Vasconcellos, pós-graduada em dermatologia e medicina estética. Outro hormônio importante relacionado ao sexo é a endorfina, que, além de dar uma sensação de bem-estar, ajuda a regular o sono. “Quando você tem uma boa noite de sono, a pele melhora. O sono muito ‘picado’, mais cansado, não tem esse efeito e você aumenta o cortisol, que é o hormônio do estresse”, destaca a dermatologista Catarine Padoveze, pós-graduada em cosmiatria (especialidade voltada para beleza da pele e para os tratamentos estéticos). Para as mulheres, há ainda a vantagem da liberação de estrogênio durante o sexo. O hormônio é responsável por dar textura e brilho à pele. Não à toa um estudo dos anos 1990, conduzido pelo pesquisador David Weeks e com participação de 3,5 mil pessoas, concluiu que mulheres que chegavam a três orgasmos por semana tinham aparência, em média, 10 anos mais jovem do que aquelas que tinham apenas dois. O efeito “melhor remédio” na pele Dar uma gargalhada é tão bom que o ditado popular já ensinou que sorrir é o melhor remédio. E ele pode ser “receitado”, com sucesso, para a pele. Ela de novo, a endorfina está ligada a estes momentos de alegria. “É o hormônio do bem-estar, diretamente ligado à sensação de se estar mais bonito. Não é só uma questão fisiológica. A alegria melhora a pele, torna a pessoa mais atraente, e o sorriso manifesta isso”, destaca Roberta. Assim como o sexo, o sorriso tem o efeito de melhorar a circulação sanguínea, além de servir como um bom exercício para os músculos próximos à boca. “Ajuda a melhorar a circulação, a oxigenação e estimula a produção de colágeno. Além disso, faz uma espécie de musculação no rosto, movimentando vários músculos”, afirma Catarine. Juliana alerta, porém, que o movimento do sorriso também pode causar linhas de expressão – que, para muitos, são indesejadas. O fortalecimento da musculatura também estimula o depósito de cálcio nos ossos da face, tornando-os mais espessos. Mesmo assim, segundo a dermatologista, o “saldo é positivo” quando se fala dos efeitos de sorrir na pele do rosto: “O fato de sorrir, de ter uma expressão mais leve, leva a um efeito de bem-estar e de melhora com repercussões na pele”.