Saúde

Dermatologista alerta para prevenção do câncer de pele no Verão

Ao TH Entrevista, Mônica Torres diz que a partir dos 40 anos, caso surjam manchas, é preciso procurar especialista

Por Texto: Thayanne Magalhães com Tribuna Independente 25/12/2018 08h29
Dermatologista alerta para prevenção do câncer de pele no Verão
Reprodução - Foto: Assessoria
O Verão chegou e com as temperaturas cada vez mais elevadas, a preocupação com a proteção da pele deve ser redobrada. Com a intenção de estimular a população na prevenção e no diagnóstico ao câncer da pele, em 2014 a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) iniciou o movimento de combate à doença batizado “Dezembro Laranja”, que faz parte da Campanha Nacional de Prevenção ao Câncer da Pele. No TH Entrevista desta semana, a dermatologista Mônica Torres reforça a importância de não se expor ao sol nos horários em que ele é mais intenso. “A nossa orientação é sempre que os pacientes evitem se expor ao sol entre dez da manhã e quatro da tarde. Caso esteja na praia nos horários mais quentes, usar chapéus, camisas protetoras e protetor solar na pele e nos lábios. Os trabalhadores que precisam estar expostos ao sol para cumprir suas funções devem usar roupas e acessórios apropriados”, ressalta a médica especialista. https://www.youtube.com/watch?v=r2Q0Nxzdm3g O câncer de pele não melanoma é o mais frequente no Brasil e corresponde a cerca de 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Se for detectado e tratado precocemente apresenta altos percentuais de cura. Entre os tumores de pele, é o mais frequente e de menor mortalidade, porém, se não tratado adequadamente pode deixar mutilações bastante expressivas. “Esse tipo de câncer ocorre principalmente nas áreas do corpo mais expostas ao sol, como rosto, pescoço e orelhas, podendo destruir estas estruturas. É preciso observar manchas na pele que coçam, ardem, descamam ou sangram. As vezes achamos que é só um sinal, mas pode ser um câncer. Feridas que não cicatrizam em até quatro semanas requerem atenção e é preciso procurar um dermatologista imediatamente caso haja a suspeita”, alertou Mônica Torres. A dermatologista explicou ainda que o câncer de pele é mais comum em pessoas com mais de 40 anos e é raro em crianças e negros, com exceção daqueles já portadores de doenças cutâneas. Porém, com a constante exposição de jovens aos raios solares, a média de idade dos pacientes vem diminuindo. Pessoas de pele clara, sensíveis à ação dos raios solares, com história pessoal ou familiar deste câncer ou com doenças cutâneas prévias são as mais atingidas. O câncer de pele não melanoma apresenta tumores de diferentes tipos. Os mais frequentes são o carcinoma basocelular (o mais comum e também o menos agressivo) e o carcinoma epidermoide. ESTATÍSTICAS Estimativa de novos casos no Brasil: 165.580, sendo 85.170 homens e 80.140 mulheres (2018 - INCA). Número de mortes no Brasil: 1.958, sendo 1.137 homens e 821 mulheres (2015 – SIM). A entrevista com a dermatologista pode ser assistida pela TV Web do portal Tribuna Hoje.