Saúde

Alagoas registra duas mortes por dengue

Dados da Sesau são referentes a este ano e apresentam queda em relação a 2017

Por Lucas França com Tribuna Independente 08/11/2018 09h09
Alagoas registra duas mortes por dengue
Reprodução - Foto: Assessoria
De acordo com dados da Secretaria de Estado da saúde (Sesau), Alagoas registrou duas mortes por dengue este ano. Em 2017 foram quatro mortes. Em números gerais, foram 1.718 casos da doença confirmados, 570 descartados, 67 inconclusivos. Já no ano passado, foram 2.557 confirmados, 644 descartados, 88 inconclusivos. Este ano a chinkungunya não registrou mortes, mas foram confirmados 150 casos da doença. 144 casos foram descartados, 31 inconclusivos. Em 2017, 436 confirmações, 192 descartados e 48 inconclusivos, também não houve mortes registradas pela doença. Já o zika vírus registrou 119 confirmações da doença. Outros 191 casos de pessoas que deram entradas com os sintomas foram descartados e 53, inconclusivos. Este ano a doença causou uma morte. Já em 2017 não houve morte, mas o número de notificações foi maior. 181 caso confirmados, 129 descartados e 51 inconclusivos. A Sesau informa que realiza ações de campo (combate vetorial), como o monitoramento e avaliação das ações de controle do Aedes nos 102 municípios; distribuição de larvicida e inseticida aos municípios; realização de UBV (fumacê) nos municípios que preencham critério técnico para tal; capacitação de novos Agentes de Controle de Endemias-ACE; reuniões de avaliação e planejamento das ações de controle ao Aedes aegypti com coordenadores de vigilância epidemiológica/coordenador de endemias das 10 regiões de saúde; reunião de avaliação nas Comissões Intergestores Regionais-CIR para apresentação do LIRAa para os Secretários Municipais de Saúde; participações no governo presente e nas ações do projeto “Vida Nova nas Grotas”, com expositores de ciclo evolutivo do vetor, educação permanente para população; mobilização com escolares de municípios prioritários com o Projeto Educação é Saúde; cooperação técnica aos Municípios com maior número de casos em humanos, óbitos e índices de infestação predial (IPP) acima de 4; visitas às instituições públicas para realizar pesquisa larvária para eliminação e tratamento de possíveis criadouros. Entre as ações o órgão também disse que faz a participação efetiva na sala estadual de controle ao Aedes (com realização de videoconferência para monitoramento das ações desenvolvidas no Estado e orientações do Ministério da Saúde) integrado a diversas instituições do Estado. INFECTOLOGISTA De acordo com o infectologista Fernando Andrade, os casos das doenças geralmente aumentam no verão. “Os casos aumentam, por causa do aumento do calor e das chuvas de Verão, que fazem aparecer muitos criadouros em potencial para o Aedes (copos, pneus, garrafas etc). Portanto, os cuidados permanecem os mesmos: não deixar recipientes em locais que possam acumular água da chuva, não acumule lixo em casa, descarte corretamente copos, pneus, garrafas; verifique com frequência locais onde pode haver acúmulo de água, tais como calhas, vasos de plantas, caixa de água. Em locais onde há caso de dengue, use repelente em você e nas crianças. Em caso de suspeita de dengue, hidrate-se bem e procure um médico”, orienta. Em Maceió, foram registrados 354 casos da doença   Em relação à dengue em Maceió este ano foram registrados 354 casos. Destes, 263 confirmados e 72 descartados, estando os demais em investigação. No mesmo período de 2017 foram notificados 627 casos de dengue. Já os quatro óbitos que seriam da doença foram descartados. Em 2017, um óbito por dengue foi confirmado como residente de Maceió. Os casos da febre chikungunya este ano foram 107 notificados, sendo 56 confirmados, 44 descartados. Em 2017, foram 301 casos notificados, sendo 37 confirmados por laboratório, 258 por critério clínico epidemiológico. Nenhum óbito confirmado. Já o zika vírus registrou 62 casos este ano, sendo 22 confirmados por critério clínico-epidemiológico, três por laboratório, 29 descartados, os demais estão em investigação. Um óbito foi descartado. Em 2017, foram notificados 128 casos suspeitos, sete confirmados por laboratório. O monitoramento dos casos das principais arboviroses até a semana epidemiológica 41 - 2018 da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) também traz os dados da malária e da febre amarela. Nos casos de malária, em 2017 foram registrados três casos prováveis, todos importados. Em 2018 houve dois casos notificados, um descartado e um confirmado (importado) vindo de Marabá-PA. Já a febre amarela no município não possui transmissão autóctone. Foram notificados quatro casos; dois provenientes do Rio de Janeiro, um do Pará e um da Bahia, todos foram descartados. AÇÕES DE COMBATE Segundo a SMS, a Gerência de Doenças Transmitidas por Vetores e Animais Peçonhentos através da Coordenação de Controle do Aedes vem realizando atividades de visita domiciliar de rotina para inspeção dos imóveis com objetivo de adotar ações educativas com a população, corretivas quando identificados irregularidades no domicílio e domiciliário que propicie condições para proliferação dos mosquitos transmissores das arboviroses, bem como de outras situações que possam causar agravos à população como roedores e escorpiões. ‘’Nas situações onde são identificados criadouros de mosquitos, estes são destruídos quando recomendados, tais como latas, tampas de garrafas plásticas, recipientes plásticos que possam acumular água, dentre outros, é feita a vedação das caixas d’águas, monitorados os recipientes de degelo das geladeiras para esvaziamento. Recomendamos que seja feita a lavagem com bucha de bebedouros de animais, baldes, tonéis e outros para eliminação dos ovos que possam ser depositados pela fêmea do mosquito, o conserto de calhas/lages e toldos, a vedação de sanitários e ralos em desuso’’.