Saúde

Alimentos com aditivos podem causar câncer

Nutricionista ortomolecular Kristiane Duarte aponta principais vilões dos supermercados

Por Tribuna Independente 30/10/2018 08h29
Alimentos com aditivos podem causar câncer
Reprodução - Foto: Assessoria
Pesquisas recentes revelam que o consumo em excesso de aditivos, aqueles produtos químicos encontrados nos alimentos industrializados, podem provocar doenças como o câncer. Para alertar sobre o problema, o TH Entrevista recebeu a nutricionista ortomolecular e farmacêutica Kristiane Duarte, que apontou os principais vilões dos supermercados. Evitar todos os alimentos que contêm aditivos é difícil, mas a nutricionista dá a dica: é necessário realizar uma reeducação alimentar. A melhor opção é estar sempre atento ao rótulo e inserir mais produtos naturais à dieta. De acordo com a especialista, a maioria dos alimentos industrializados possui aditivos, usados para garantir o sabor, melhorar a aparência e aumentar a durabilidade da comida, como, por exemplo, os conservantes, oxidantes, edulcorantes, aromatizantes, espessantes, emulsificantes, entre outros. Ela lembra que os únicos que não contêm aditivos, trazem essa informação no rótulo das embalagens: de que são isentos de produtos químicos, ou seja, aditivos. “Os aditivos quando consumidos em excesso provocam vários tipos de doenças, não só o câncer, mas também anemias, alergias, má formação óssea, déficit de atenção, intoxicação”, frisou. Kristiane Duarte citou a salsicha como um dos principais vilões, prejudicial à saúde. De acordo com a nutricionista, o alimento possui nitritos e nitratos que causam câncer. “Os corantes também podem causar alergias, aqueles acrescidos no leite, queijo. Hoje usa-se muito o sal como conservante, porém aqueles alimentos de prateleira contém aditivo em excesso, justamente para garantir sua durabilidade”, ressaltou. A especialista alertou que por conta do atual estilo de vida, os alimentos com conservantes passaram a ser consumidos ainda mais, e é exatamente por esta razão, que estão surgindo muitas doenças, e algumas que já existiam, como o câncer, estão aumentando sua prevalência, como: de estômago, esôfago, bexiga. Além de cirrose, cálculos renais, anemias. “Os edulcorantes usados nos adoçantes industrializados também podem provocar câncer. Os que mais provocam são aqueles adoçantes de sacarina sódica, que por ter sódio, está relacionado com a hipertensão arterial. São doenças crônicas não transmissíveis. A dica é usar a stevia, que é natural”, avisou. Conforme Kristiane, quanto mais atraente o alimento, maior a quantidade de aditivos que é perigoso para a saúde.  “Muitas crianças têm alergia ao corante que é artificial, logico que numa eventualidade, como uma festa, tudo bem, a questão é o consumo continuo, balas e salgadinhos todos os dias. Minha filha não consome. A sugestão é não tornar rotina, o excesso de doce provoca a má formação dos dentes e surgimento de cáries, além da diabetes”, pontuou. Consumo de tipo de comida em alta quantidade causa doença   Recentemente, a Food and Drugs Administration (FDA), agência regulatória dos Estados Unidos, proibiu seis aditivos alimentares artificiais comumente encontrados em sorvetes, chicletes, assados e doces para dar sabor característico de hortelã, canela e cítricos. A razão: após extensa pesquisa em animais de laboratório, foram encontrados efeitos carcinogênicos se consumidos em alta dose. Os aditivos alimentares são intencionalmente adicionados a alimentos com o objetivo de conservar, intensificar ou modificar suas propriedades físicas, químicas, biológicas ou sensoriais, sem prejudicar seu valor nutritivo. As substâncias retiradas da lista aprovada pela FDA são Benzofenona (encontrada em cereais matinais, produtos de panificação e produtos lácteos congelados), Pulegone (utilizado para simular o sabor de menta ou hortelã em balas), Acrilato de etila, Éter metil eugenil, Piridina e Myrcene. De acordo com a agência, os ingredientes só são utilizados em quantidades muito pequenas, mas os dados encontrados por grupos ativistas foram suficientes para proibi-las.   Assista à entrevista na íntegra:   https://www.youtube.com/watch?v=2TPDmU8qtUw