Saúde

Protocolo de prevenção é efetivo em 99,8% dos pacientes na Santa Casa

Problema afeta principalmente pacientes no pós-operatório e pode até levar a óbito

Por Assessoria da Santa Casa de Maceió 07/05/2018 17h37
Protocolo de prevenção é efetivo em 99,8% dos pacientes na Santa Casa
Reprodução - Foto: Assessoria
Você já ouviu falar em TEV (tromboembolismo venoso)? O TEV é a obstrução de um vaso por coágulo (trombo), que se desprende do seu local de origem e é lançado na circulação sanguínea venosa. O problema é que esse trombo pode chegar a órgãos - como o pulmão - e matar, daí a preocupação dos profissionais de saúde para se prevenir o problema. Na ausência de protocolos de prevenção, a incidência de TEV em hospitais varia de 10 a 20% em pacientes clínicos internados e de 15% a 40% em pacientes cirúrgicos, dependendo do tipo de procedimento, sendo mais elevado em cirurgias ortopédicas e neurocirurgias. O motivo de comemoração na Santa Casa é que, após a implantação do Protocolo de TEV, a taxa de efetividade do protocolo chegou a 99,84% dos pacientes em 2017. Alta mortalidade Apesar de todos os avanços na medicina, o tromboembolismo venoso ainda é a principal causa de morte evitável em pacientes hospitalizados. "Quando afirmamos ser evitável, é porque tem como prevenir", acrescentou Aline Apel, gestora do Programa de Cirurgia Segura da Santa Casa de Maceió. Segundo ela, fatores como cirurgia prolongada, obesidade, neoplasia e cirurgia ortopédica aumentam ainda mais o risco de TEV em pacientes internados. “A Santa Casa adotou um protocolo reconhecido para prevenção de TEV, utilizando todos os recursos necessários para impedir que ocorra esse evento em pacientes cirúrgicos”, finalizou Apel. Prevenção de TEV é programa institucional para todos os pacientes O protocolo de prevenção ao TEV previne ocorrências tanto em pacientes de convênios e particulares como do Sistema Único de Saúde, sendo que para o SUS o programa é subsidiado pela própria Santa Casa de Maceió. Nesse trabalho, a instituição mobiliza uma equipe multidisciplinar com fisioterapeutas, profissionais de enfermagem, farmacêuticos e médicos engajados na prevenção. "Os pacientes têm que estar cientes da importância da profilaxia adequada e são orientados para isso sempre que são admitidos no hospital. Conseguimos estratificar, ou seja, classificar os pacientes por risco baixo, intermediário ou alto para desenvolver TEV no momento em que internam para serem submetidos a algum procedimento cirúrgico", explicou a fisioterapeuta Fabrícia Jannine. A prescrição médica é realizada de acordo com essa classificação. Caso o médico não prescreva, ele recebe um aviso no sistema de prescrição, como mais uma garantia de que a prevenção será adequada. No caso de procedimento cirúrgico, o paciente é estimulado a andar precocemente, a não ser que tenham alguma contraindicação ou limitação de movimentos. Esse é o primeiro cuidado de prevenção previsto no protocolo. Dependendo de cada caso, a prevenção pode ser realizada de duas formas. Com medicação anticoagulante e por meios mecânicos, como a meia de compressão pneumática intermitente, além da fisioterapia motora. Pode se adotar outras medidas associadas, a depender do tipo de classificação do paciente. "A meia de compressão pneumática intermitente é um aparelho que envolve as pernas do paciente e que, ao se insuflar de ar de forma intermitente, comprime as panturrilhas diminuindo assim a estagnação do sangue e consequentemente o risco de formação de trombos no local", explicou a fisioterapeuta Fabrícia Jannine. Em alguns casos ocorre a contraindicação para essa profilaxia, de forma que o médico irá avaliar o risco e o benefício da prescrição. Em outros casos a profilaxia com medicamentos pode ser necessária também após a alta hospitalar.