Saúde
Hospital Geral do Estado promove ação de prevenção ao AVC no Centro de Maceió
Doença mata 6,2 milhões de pessoas no mundo
Quem passou pelo Calçadão do Comércio, em Maceió, neste sábado (28), se deparou com mais uma ação do Hospital Geral do Estado (HGE). É que servidores da Unidade de AVC do maior hospital público de Alagoas se uniram em prol da prevenção do popular “derrame”, que segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS) mata 6,2 milhões de pessoas no mundo a cada ano.
A intenção do HGE é alertar aos alagoanos sobre a doença, isso porque, todos os anos, mais de 1.500 pessoas vítimas de Acidente Vascular Cerebral são tratadas somente nesse hospital, e cerca de 300 delas não resistem à doença, seja porque não chegam no tempo previsto para os cuidados específicos, que é de quatro horas e meia do momento do início dos sintomas, ou devido à gravidade do caso.
“As pessoas precisam conhecer bem os sintomas da doença para poder saber como agir. No AVC, como no infarto, quanto mais rápido, menor o risco de sequelas. No caso do HGE, referência pelo SUS [Sistema Único de Saúde] na assistência ao paciente com AVC em Alagoas, se houver prevenção, menos usuários chegam com gravidade, menos usuários recebem alta com alguma incapacidade adquirida e mais cidadãos recuperam sua rotina social”, atentou a supervisora médica do HGE, Janaína Gouveia.
Preocupada, a doméstica Maria do Socorro da Silva, de 52 anos, se deslocou do Tabuleiro dos Martins em busca de atendimento. É que ela tem sentido que seu lado direito por vezes adormece, então não pensou duas vezes e às 8h já estava com a ficha de atendimento na mão.
“Eu sou hipertensa, não pratico esporte, então fiquei impressionada quando soube os sintomas ditos em entrevista de televisão. O médico afastou a possibilidade de ser um AVC, mas as nutricionistas pediram para eu cuidar melhor da minha alimentação. Essas iniciativas são boas porque, quem não sabe como eu não sabia, agora fica mais bem esclarecido”, falou Maria do Socorro.
Praticamente a mesma inquietação foi sentida pelo aposentado José Maria Pinto de 74 anos. Ele foi ao Centro de Maceió para acompanhar seu filho em uma entrevista de emprego, quando de repente se deparou com o evento iniciando as atividades.
“Não costumo ir ao médico, apesar de ter histórico da doença na família e ser hipertenso. Então achei que poderia aproveitar essa oportunidade para minha saúde ser avaliada. Eu já fui indicado a ir a um cardiologista, mas não tinha ido. O pessoal que me atendeu acabou reforçando e me indicaram ir a uma unidade básica de saúde”, disse o aposentado.
Na ação estiveram envolvidos nos atendimentos médicos, enfermeiros, nutricionistas, psicólogos, assistentes sociais, terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas e outros profissionais. Foram 200 pessoas beneficiadas, que puderam, além de ouvir orientações e esclarecimentos de cada profissional, ainda descobrir seu próprio nível de pressão arterial, glicemia e massa corpórea.
“Não recebemos nenhum caso que sugerisse encaminhamento rápido ao hospital, mas o espaço foi aberto para entenderem a doença, causada pela obstrução dos vasos sanguíneos que irrigam o cérebro, e compreenderem os sintomas: diminuição ou perda súbita da força e/ou da visão, formigamentos na face ou um dos lados dos membros, alteração na fala, entre outros. Caso haja a suspeita do AVC, imediatamente acionar o SAMU [Serviço de Atendimento Móvel de Urgência], preparado para melhor socorrer esse tipo de ocorrência”, informou o neurocirurgião João Paulo da Mata.
Também prestigiaram o evento a secretária de Estado do Esporte, Lazer e Juventude, Cláudia Petuba, e o secretário executivo de Gestão Interna da Sesau, Delano Sobral Rolim. Ambos reafirmam o já exposto pelo gestor da Sesau, Christian Teixeira, sobre a saúde dos alagoanos ser encarada pelo governador Renan Filho como prioridade.
“Prevenção é sempre a melhor solução. É uma frase bastante dita, mas precisa ser falada mais para que não saia da mente de todos. Nós estamos trabalhando para promover ações direcionadas a prevenção e queremos que todos nos ajudem a diminuir esses índices adotando práticas saudáveis”, reforçou o secretário Delano Rolim.
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