Saúde
Secretaria alerta sobre riscos do sexo sem proteção na adolescência
Falta de cuidado pode levar à gravidez indesejada e doenças graves como Aids e sífilis
“A falta de informação gera uma iniciação sexual precoce e, infelizmente, sem responsabilidade. Isso pode trazer consequências sérias, como a gravidez indesejada e infecções sexualmente transmissíveis, como hepatites, sífilis e HIV”. Com esse alerta, a médica obstetra da Maternidade Escola Santa Mônica, Marly Lima, busca conscientizar a população.
A médica afirma que observou um aumento no número de menores de idade que são obrigados a lidar com gestações precoces e problemas de saúde ligados à atividade sexual sem proteção.
De acordo com coordenadora do setor de Saúde da Mulher, da Secretaria de Estado de Saúde (Sesau), Carmen Nascimento, a estimativa é de que, em 2017, mais de 15 mil gestações, ou 25% do total, sejam de menores de idade.
“São números considerados altos e precisam ser encarados por toda a sociedade”, ressaltou Carmen Nascimento. A coordenadora explicou que ações educativas nas escolas e Unidades Básicas de Saúde são essenciais para evitar infecções e gestações. “É necessário orientar os adolescentes sobre a importância do sexo seguro e quais os contraceptivos disponibilizados nas Unidades Básicas de Saúde”, explicou.
Carmen Nascimento reforçou, ainda, que os adolescentes devem procurar os postos de vacinação para imunização contra o vírus HPV. “A faixa etária do público-alvo é de meninos de 11 a 15 anos, meninas de 9 a 15 anos, além de crianças e jovens de 9 a 26 anos, vivendo com HIV/AIDS. O vírus HPV é responsável por 95% dos casos de câncer de colo do útero e a vacinação é a única forma de proteção para esses casos”, destacou.
A médica Marly Lima lembrou que não existem problemas físicos específicos associados à gravidez na adolescência. Porém, a gestação não planejada pode provocar estresses emocionais e consequências sociais para essas famílias.
“É importante que a informação e o conhecimento sejam reforçados em nossas escolas, para que a juventude entenda as consequências de ações que podem afetar toda a sua vida”, reforçou a médica.
Atuando como uma unidade referencial no acompanhamento de gestantes em Alagoas, a Maternidade Escola Santa Mônica atende um grande número de gestantes adolescentes.
Entre esses casos está o de F.S., de 14 anos. “Fui muito bem atendida por todos os profissionais aqui. Recebi informações e continuo recebendo acompanhamento para garantir que meu filho nasça de maneira tranquila”, salientou a jovem.
A gestante está realizando todo o acompanhamento pré-natal em uma unidade de saúde próximo a sua casa, mas busca atendimento na Santa Mônica para a realização de um exame de ultrassom. “Estou fazendo o acompanhamento da gravidez e espero que tudo continue a transcorrer com tranquilidade”, revelou.
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