Saúde
Estudantes da Uncisal mapeiam casas para combater o Aedes aegypti
Ação envolveu 67 alunos da universidade
Antes de saírem para as ruas, os estudantes receberam orientação da equipe de agentes de endemias da Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) sobre como deveria ser feita a abordagem nos imóveis e as formas de eliminação das larvas do mosquito para impedir que eles pudessem se reproduzir em recipientes com água. Na ocasião, os alunos entregaram folhetos à população, repassando maneiras de como cuidar bem das caixas d’água, remover as folhas das calhas, cuidar melhor do lixo e destruir todos os possíveis criadouros do mosquito, transmissor da dengue, chikungunya e vírus Zika.
O supervisor de endemias da Sesau, Paulo Protásio, observou que ação, de certa forma, ajuda a população a pensar melhor na prevenção das doenças causadas pelo mosquito Aedes aegypti. “Percebemos que os moradores paravam, observaram a iniciativa dos estudantes e, isso, contribui para que todos tenham responsabilidade para cuidar melhor do seu ambiente doméstico”, contou.
Em um dos quarteirões, os estudantes encontraram focos de larvas do Aedes aegypti em uma das primeiras casas que visitaram. “O mosquito é um inimigo que também causa baixas na população, por isso, devemos fazer o combate. É uma iniciativa que passamos ainda mais credibilidade aos cidadãos e temos sido bem recebidos nas casas que visitamos”, afirmou Charles Sapucaia, agente de endemias da Sesau.
Nas vasilhas de plástico e na caixa d’água, esquecidas no quintal, larvas do Aedes aegypti se preparavam para se transformar em mosquito e atormentar a vida da população. Cícero Cardoso dos Santos, autônomo, disse que foi um descuido e não imaginava que, num espaço tão curto de tempo, aquele reservatório serviria como criadouro do mosquito. O grupo o orientou sobre como eliminar o foco e manter a limpeza correta do local. Além disso, o agente de endemias de Sesau realizou a captura da larva para ser enviado para o Laboratório Central de Alagoas (Lacen).
Na saída, Cícero agradeceu pela atenção. “Achei muito importante esse trabalho. Foi uma surpresa pra mim, porque sempre busco limpar o quintal e agora vou ficar mais atento pra eliminar os focos de mosquito e evitar doenças. Quando vem alguém orientar, a gente presta mais atenção e toma mais cuidado. A minha mulher está grávida, portanto, é preciso reforçar os cuidados, principalmente dentro de casa, combatendo os criadouros do mosquito”, disse.
Responsabilidade
Já na casa do morador Jardson Lopes da Silva, de 30 anos, a equipe não encontrou nem um foco do mosquito. Durante o tempo em que mora no local, segundo ele, a família nunca foi diagnosticada com dengue, chikungunya ou vírus Zika, por conta de eles realizarem a limpeza toda semana e ter um olhar atento até no quintal dos vizinhos. “Esta ação é muito importante para nossa comunidade, pois somente com a sensibilização de todos será possível diminuir o foco do mosquito. Essa guerra só pode ser vencida com a dedicação de todos”, destacou.
O estudante Luis Fellipe, de 23 anos, do curso de fisioterapia, acredita que a interação da universidade com os moradores traz benefícios para todos. “Acho importante compartilhar esse conhecimento com eles, já que a região tem muitos casos comprovados de dengue. Isso ajuda a disseminar a cultura para eliminar o mosquito”, frisou.
Participaram da ação os estudantes dos cursos de medicina, fisioterapia, fonoaudiologia, terapia ocupacional, enfermagem, gestão hospitalar, radiologia, sistemas biomédicos, sistemas para Internet, tecnologia de alimentos, processos gerenciais e segurança no trabalho.
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