Saúde

Secretaria ressalta importância da vacinação de adolescentes contra HPV

Como estratégia para atingir meta de 80%, municípios devem firmar parcerias com unidades educacionais

Por Assessoria 10/08/2017 18h51
Secretaria ressalta importância da vacinação de adolescentes contra HPV
Reprodução - Foto: Assessoria

Alagoas ainda necessita vacinar 330 mil pessoas contra o HPV, mas, para isso, precisa conscientizar o público-alvo, que são meninos de 11 a 15 anos, meninas de 9 a 15 anos, além de crianças e jovens de 9 a 26 anos, vivendo com HIV/Aids. Para isso, a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) ressalta a importância das escolas públicas e privadas, no sentido de mostrar aos alunos a relevância da vacina, que protege contra os cânceres de orofaringe e colo do útero, pênis, vulva, vagina e reto.

A superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, Cristina Rocha, acredita que a escola é o ambiente ideal para orientar as adolescentes sobre a importância de garantir a proteção contra essa doença. Desde que foi lançada a campanha, em 2014, o Ministério da Saúde aconselha e estimula a participação das escolas.

“É a melhor estratégia para proteger os adolescentes. Quando a escola exerce o papel de mediador, o processo de conscientização fica mais fácil. Afinal, é nesse ambiente que eles passam grande parte do dia e estão em contato com os amigos, recebem informações e são instruídos”, destacou Cristina Rocha.

Segundo ela, a parceria vem sendo feita com várias instituições e organizações que têm relação com o ambiente escolar. “Temos explicado o que é o HPV, qual a importância da vacinação e sua eficácia. Faz-se necessário uma maior abertura, tanto da escola, quanto das secretarias municipais de Saúde dos 102 municípios, para que adotem a estratégia de levar os vacinadores até as escolas”, ressaltou.

Meta

A meta é imunizar 80% do público-alvo e a inclusão de meninos, sobretudo, proporciona a proteção indireta das meninas porque, mesmo que eles não transmitam o vírus, sua vacinação reduz o risco das meninas desenvolverem o câncer, além de lesões pré-cancerosas, verrugas genitais e infecções causadas pelos vírus.

Segundo o Protocolo do Ministério da Saúde, meninos e meninas devem tomar duas doses da vacina contra HPV, com intervalo de seis meses. Para as pessoas que têm HIV, a faixa etária é de 9 a 26 anos, e o esquema vacinal é de três doses, sendo a segunda dose dois meses após a primeira, e a terceira, seis meses depois. Os pacientes com HIV precisam apresentar prescrição médica para receber a imunização.

De acordo com a superintendente de Vigilância em Saúde da Sesau, a vacina disponibilizada para os meninos e meninas é a quadrivalente, que já é oferecida desde 2014 pelo Sistema Único de Saúde (SUS). “Ela confere proteção contra quatro subtipos do vírus HPV (6, 11, 16 e 18), com 98% de eficácia para quem segue corretamente o esquema vacinal”, destacou.

Estatísticas

Christian Rocha ressalta que os cânceres de garganta e de boca ocupam o sexto lugar em incidência no mundo, com 400 mil casos ao ano e 230 mil mortes. Além disso, mais de 90% dos casos de câncer anal são atribuíveis à infecção pelo HPV.

Estimativas da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que 290 milhões de mulheres são portadoras do vírus, sendo 32% infectados pelos tipos 16 e 18. Em relação ao colo do útero, estudos apontam que 265 mil mulheres morrem devido à doença em todo o mundo, anualmente. No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 16 mil novos casos.