Saúde

Alagoas ganha laboratório de DNA e deixa dependência em elucidação de crimes

Governador entrega laboratório de Genética Forense nesta sexta (10) e credencia Estado a fazer exames para identificar autores e vítimas de homicídios

Por Agência Alagoas 09/03/2017 12h16
Alagoas ganha laboratório de DNA e deixa dependência em elucidação de crimes
Reprodução - Foto: Assessoria

O Estado de Alagoas dá um passo significativo na elucidação de crimes com a inauguração, nesta sexta-feira (10), do Laboratório de Genética Forense.  Com laboratório próprio, o Estado deixa de estar na dependência de órgãos em outros estados da federação, ao se credenciar para elaboração de exames genéticos em materiais biológicos oriundos de locais de crime, assim como para a identificação de possíveis autores e de vítimas.

A entrega do novo equipamento será feita pelo governador Renan Filho  em solenidade que acontecerá às 9h, na sede do Instituto de Criminalística, que fica na Rua do Sol, no Centro de Maceió.

O laboratório de DNA foi equipado com recursos próprios do Governo do Estado no valor de quase R$ 800 mil. O novo espaço conta com um analisador genético de oito capilares, que permite a análise de oito amostras simultâneas, um conjunto de estação de trabalho para genotipagem, conjunto de softwares com sistema proplex, para amplificação do DNA e os reagentes que serão utilizados para as análises.

 

 

Segundo Rosana Coutinho, chefe de Perícias de Laboratório, esse processo para implantação do laboratório de genética começou em 2005, quando o Ministério da Justiça patrocinou um curso de especialização em Genética Forense para peritos de todo o Brasil, do qual, três peritos de Alagoas participaram. Mas, como o Estado não possuía laboratório, as amostras biológicas eram analisadas no laboratório de genética da Bahia, nomeada pela Secretaria Nacional de Segurança Pública como unidade regional do Nordeste.

Depois disso, houve um convênio e um contrato com a Universidade Federal de Alagoas para a realização desses exames, o qual vigorou entre os anos de 2012 a 2016. Nesse período, a Perícia Oficial de Alagoas também contou com a colaboração de outros estados para realizar exames de DNA.

“Agora, com a inauguração do nosso próprio laboratório de Genética Forense, Alagoas deixará de estar na dependência de outros órgãos, realizando os exames genéticos nos materiais biológicos oriundos de locais de crime, tanto para a identificação de possíveis autores, quanto para a identificação de vítimas não identificadas por outros meios”, afirmou a perita criminal Rosana Coutinho.

 

 

Banco

A implantação do laboratório de Genética Forense ainda permitirá a Alagoas participar da Rede Integrada de Bancos de Perfis Genéticos (RIBPG). Essa rede visa propiciar o intercâmbio de perfis genéticos de interesse da Justiça, obtidos em laboratórios de perícia oficial, subsidiando a apuração criminal e a identificação de pessoas desaparecidas.

Para essa adesão será assinado um termo de cooperação técnica que já está sendo intermediado entre a Polícia Federal - coordenadora da rede - e a chefe de Perícias de Laboratório do Instituto de Criminalística. 

Por meio deste acordo, Alagoas receberá um terminal de computador com um sistema do FBI (Federal Bureau of Investigation), chamado Codis (Combined DNA Index System), para cadastrar o DNA e fazer as comparações de perfis genéticos.

Com a implantação do Laboratório de Genética Forense da Perícia Oficial de Alagoa, espera-se completar a infraestrutura necessária à modernização das técnicas executadas pela Perícia Oficial de Alagoas, direcionado o atendimento da demanda existente e conferindo um serviço de alto padrão à sociedade alagoana, que visa a subsidiar a investigação de cunho criminal de forma mais eficiente, tendo por escopo final minimizar os altos índices de homicídios praticados em Alagoas, e, por conseguinte, contribuir para a redução da violência.