Saúde
Núcleo de Tabagismo firma parcerias para tratamento
Equipe multidisciplinar reúne pessoas que têm o desejo e a necessidade de largar o vício do cigarro
O Núcleo de Cessação do Tabagismo da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) promoveu, no dia 3 de janeiro passado, no auditório do II Centro de Saúde, localizado na Praça da Maravilha, a primeira reunião em parceria com o Instituto de Desenvolvimento Humano (Onukisan), que fará um trabalho de constelação familiar com os pacientes em tratamento. O método é fundamentado em diversas formas de psicoterapia familiar e em padrões de comportamento que se repetem nas famílias e grupos ao longo das gerações.
Segundo a coordenadora do Núcleo de Cessação do Tabagismo da SMS, Gilda Teodósio, os pacientes já estão em tratamento desde julho de 2016 e além de contar com os medicamentos e técnicas tradicionais podem ter esse suporte psicológico a mais, essencial para largar o vício. “Como a demanda de pessoas que desejam largar o vício está cada vez maior, decidimos fazer essa parceria com os psicólogos consteladores, que proporcionam a eles um novo tipo de terapia que pode ajudar muito a descobrir as causas e largar o vício do cigarro”, afirmou.
João Bastos, psicólogo constelador, explica como funciona a nova terapia. “Em grupos de cessação já é trabalhada a questão da dependência química no aspecto comportamental e social, o que nós queremos é acrescentar o aspecto sistêmico. O vício em nossa visão vem com um aspecto familiar que envolve antepassados. Esse aspecto sistêmico impede que a pessoa, por mais vontade que tenha, consiga ter um resultado. A proposta é que o indivíduo possa olhar para dentro dele e ver o que o leva a se apegar ao cigarro. Descobrindo esse ponto de desequilíbrio, podemos trabalhar o equilíbrio”, destacou.
O teólogo e palestrante do Instituto de Desenvolvimento Humano, Daniel Moreno, também conversou com os usuários presentes sobre a importância da questão da espiritualidade e sua relação com o vício. “A espiritualidade, que vai além de questões religiosas, nesse momento de transição é essencial para o fortalecimento psicológico e emocional do indivíduo. Um indivíduo fortalecido e espiritualizado vai ter mais vontade de cuidar de si e dos outros a sua volta, vai se incentivar mutuamente, vai ter propósito de vida e buscar sempre o melhor nesse momento de vida que estão tentando superar o vício”, afirmou.
Superação
Há um ano e três meses sem fumar, Francisco de Assis, paciente do Núcleo de Cessação do Tabagismo, comemora sua vitória. “No início eu sentia muita dificuldade em relação à ansiedade por não saber se conseguiria ou não largar o vício. Fiz todo o tratamento e finalmente consegui, hoje faço acompanhamento psicológico e me sinto muito melhor com minha saúde, estou respirando melhor, não me sinto indisposto e até consigo dormir bem”, destacou.
O Núcleo
Os fumantes que participam dos grupos são auxiliados com a ajuda da goma de mascar e do adesivo, que têm a função de suprir a carências dos hormônios que dão a sensação de ‘falso prazer’ provocado pelo ato de fumar, que normalmente é o que faz que o candidato a largar o vício, desista nas primeiras 72 horas. Os grupos de fumantes têm reuniões mensais, que depois passam a ser quinzenais, com duração de uma hora e meia. Uma equipe multidisciplinar utiliza a metodologia preconizada pelo Instituto Nacional de Câncer (Inca) do Ministério da Saúde.
O Núcleo é integrado por uma equipe multidisciplinar e tem por finalidade reunir pessoas que têm o desejo e a necessidade de largar o vício do cigarro. Os profissionais atuam junto aos grupos, composto por fisioterapeutas, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos, nutricionistas, e médicos.
Além do II Centro de Saúde, o Núcleo também conta com atendimento nos seguintes locais: CAPS Ad Everaldo Barbosa (Farol), Unidade de Saúde Dídimo Otto Kummer (Benedito Bentes), Unidade de Saúde Aliomar Lins (Benedito Bentes), Hospital Universitário e Uncisal. Para 2017, também está prevista a implantação de Núcleos em parceria com os Núcleos de Atenção à Saúde da Família (Nasf). O primeiro deve ser inaugurado em uma unidade de saúde pertencente ao II Distrito Sanitário da capital.
Fonte: Ascom SMS
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