Saúde

Estado garante serviço de equoterapia para mais de 800 alagoanos

Tratamento é destinado às pessoas que possuem deficiência física ou mental

Por Agência Alagoas 28/01/2017 12h15
Estado garante serviço de equoterapia para mais de 800 alagoanos
Reprodução - Foto: Assessoria

Recuperar e inserir as pessoas que possuem algum tipo de deficiência física ou mental na sociedade de forma humanizada e garantir um futuro de qualidade para os cidadãos é papel do Estado. Isso vem sendo assegurado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesau), que, mensalmente, oferece o serviço de equoterapia para 810 alagoanos, em seis clínicas de reabilitação na capital e no interior.

A equoterapia utiliza o cavalo como um instrumento terapêutico, permitindo aos praticantes desenvolver o equilíbrio, melhorar a postura e a coordenação motora, além de formar vínculo afetivo com o animal, tornando os pacientes que possuem alguma deficiência ou com necessidades especiais mais sociáveis.

Alexsandra Carvalho, fisioterapeuta do Centro de Equoterapia e Zooterapia de Alagoas da Associação Deficientes Físicos de Alagoas (Adefal) – uma das instituições conveniadas à Sesau-, explicou que a evolução dos pacientes é alcançada por meio de um acompanhamento multidisciplinar envolvendo terapeutas ocupacionais, fisioterapeutas, fonoaudiólogos, psicopedagogos e educadores físicos.

“Com a ajuda dos animais e de todos esses profissionais conseguimos, de maneira lúdica, ter um resultado positivo com os pacientes. Nós atendemos aqui cem crianças e realizamos atividades ao ar livre. O fato de tirá-las das salas para um local mais agradável acaba tendo um resultado ainda melhor, porque os pequenos não sentem que estão fazendo um tratamento”, ressaltou a fisioterapeuta.

Entre as cem crianças que fazem a equoterapia, graças ao convênio da Sesau, está o jovem Patrick Santos Silva, 12 anos. O garoto é autista e faz as sessões com os cavalos desde os quatro anos de idade. Ele está na terceira etapa do tratamento, quando o paciente monta sozinho no cavalo.

“Antes, o Patrick era bem retraído, não fala direito, gritava muito e tinha dificuldade de socializar. Depois da equoterapia, ele se comunica muito bem, está alfabetizado, cursando agora o 6º ano do ensino fundamental e melhorou o contato visual com as pessoas. Tudo isso acabou melhorando a interação com as pessoas a nossa volta”, relatou, emocionada, Patrícia Salvador, mãe do menino.

A funcionária pública exaltou a importância do convenio entre a Sesau e as instituições que realizam a equoterapia. “Essa parceria com o Estado é muito importante, especialmente para os pais que não possuem condições de arcar com os altos custos do tratamento. Eu só tenho a agradecer pela oportunidade que a Sesau está nos dando, permitindo que essas famílias possam ver seus filhos evoluindo e tendo uma vida normal”, disse.

Instituições Conveniadas

Além da Adefal, a Sesau possui outras cinco entidades que oferecem os serviços de equoterapia em Alagoas: a Associação de Equoterapia Maria Benedito de Sá, em São Miguel dos Campos, que atende 60 pessoas; o Centro de Equoterapia da Sociedade Pestalozzi de Maceió, com 200 pacientes; a Associação de Equoterapia de Alagoas, também em Maceió, com 120 participantes; o Complexo Multidisciplinar Tarcizo Freire, em Arapiraca, que ajuda a 200 pessoas, e a Associação Comunitária de Reabilitação e Equoterapia Santa Clara, em Penedo, com atendimento a 130 pessoas que apresentam a necessidade do tratamento.

De acordo com Renata Bulhões, supervisora de atenção à pessoa com deficiência da Sesau, a maior parte dessas 810 pessoas que são assistidas pela Sesau com o tratamento de equoterapia são crianças, mas que todos que tiveram recomendação médica para o tratamento pode procurar a secretaria.

“O interessante é iniciar o tratamento cedo, para que essas crianças tenham uma qualidade de vida melhor, aprimorando o relacionamento interpessoal e, também, a parte cognitiva, pois os estímulos obtidos durante uma sessão de equoterapia podem facilitar a absorção de novos conhecimentos”, ressaltou a supervisora.