Saúde
Sesau orienta sobre primeiros sintomas de dengue, zika e chikungunya
Técnicos municipais foram capacitados para atender os pacientes com suspeitas da doença
As doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti estão se constituindo em um dos principais problemas de Saúde Pública no Brasil, apesar das ações realizadas pelos gestores de Saúde federal, estadual e municipais. Em Alagoas, a situação não é diferente, mesmo com a Secretaria de Estado da Saúde (Sesau) investindo em capacitações dos profissionais da área, orientando a população e combatendo o vetor, que é transmissor da dengue, zika e chikungunya.
Desde o ano passado, logo após o surgimento dos primeiros casos de chikungunya e zika, as providências foram adotadas para orientar a população como evitar os criatórios em suas residências e, em caso de desenvolver os sintomas, quais os serviços de Saúde procurar.
A gerente de Vigilância de Controle das Doenças Transmissíveis da Sesau, Daniele Castanha, disse que após a pessoa ser picada por um mosquito infectado, existe um período de incubação. Depois dessa fase, surge a febre, dor muscular e na articulação. Ao perceber os sintomas, é importante que se procure um serviço de saúde próximo a residência do paciente, para uma avaliação médica. De acordo com ela, é importante seguir as recomendações médicas para que a doença possa ser controlada e não evolua para uma situação mais grave, que pode até desenvolver para óbito.
Segundo Daniele Castanha, a Sesau realizou capacitações com os profissionais das unidades de Saúde, principalmente, para os que atuam na área de vigilância epidemiológica e na Atenção Primária, que é porta de entrada dos pacientes. “A capacitação foi realizada em unidades públicas e privadas, que estão preparadas para atender os pacientes que chegam com sintomas das três doenças transmitidas pelo Aedes aegypti”, salientou.
Em caso de suspeita dessas doenças, Daniele Castanha afirma que, o paciente deve se dirigir até uma unidade de Saúde do seu bairro, onde será orientado, por um médico, sobre os cuidados que deve adotar. Ela lembra que o ideal é procurar de imediato ajuda profissional, para que não haja uma evolução rápida que possa comprometer a saúde.
“As pessoas que vem dos municípios alagoanos em estado grave são encaminhadas para o Hospital Escola Hélvio Auto. Mesmo os que estão afetados com dengue, zika ou chikungunya, que estão internados em hospitais particulares, estão sendo acompanhados por técnicos da secretaria”, destacou Daniele Castanha.
Dengue
Os sintomas da dengue, geralmente, são febre alta e de início imediato, dores moderadas nas articulações e podem surgir manchas vermelhas na pele. Na forma mais grave da doença (hemorrágica), o paciente deve ficar atento aos sinais de alarme que são hemorragias, dores abdominais contínuas, vômitos repetidos e tonturas.
“Para quem tem o diagnóstico de dengue, a recomendação é hidratação, medicação adequada para combater a dor e a febre, nesse caso paracetamol. O ácido acetil salicílico (AAS) é contraindicado”, ressaltou a gerente da Sesau.
A dengue é uma doença infecciosa causada por um vírus da família Flaviridae e é transmitida, no Brasil, pelo mosquito Aedes aegypti. Os primeiros casos no País foram registrados em 1986. Em 2016, de janeiro a outubro, a Sesau notificou 21.502 casos e, no mesmo período de 2015, foram 26.410 casos.
Chikungunya
Em relação à chikungunya, quase sempre há febre alta de início imediato, dores intensas nas articulações, presente em 90% dos casos e que podem durar por meses. Também são registradas manchas vermelhas no corpo, que podem se manifestar nas primeiras 48 horas e, entre 50% a 80% dos doentes, pode ter coceira e vermelhidão nos olhos.
Também transmitida pelo Aedes aegypti, a chikungunya foi identificada há dois anos no Brasil e, em Alagoas, os primeiros casos foram registrados em 2015.
Zika
Na zika, a febre pode está presente, mas moderada, além do paciente ter dores e manchas vermelhas na pele, que se manifestam nas primeiras 24 horas após os primeiros sintomas. Também é possível registrar coceira entre leve a intensa, podendo ter ainda vermelhidão nos olhos. O vírus zika foi descoberto no Brasil em maio de 2015, na Bahia, trazido, provavelmente, por algum turista. Especialistas acreditam que o vírus foi introduzido em 2014, na passagem maciça de turistas, durante a Copa do Mundo.
Notificações
De janeiro a outubro de 2016, a Sesau notificou 21.502 casos de dengue e, no mesmo período de 2015, foram 26.410 casos. Em relação à zika,foram notificados 8.009 (2016) e 282 (2015). De janeiro a outubro de 2016, houve a notificação de 17.474 casos de chikungunya, contra 1.163 no mesmo período o ano passado.
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