Saúde

Enfermeiro alerta para saúde geral do homem em tempos de "Novembro azul"

Wellington Monteiro é considerado referência como profissional da enfermagem de Alagoas

Por Assessoria / Sineal 11/11/2016 13h34
Enfermeiro alerta para saúde geral do homem em tempos de 'Novembro azul'
Reprodução - Foto: Assessoria

Estamos na Campanha Novembro Azul, e por esta razão, o Sindicato dos Enfermeiros do Estado de Alagoas (Sineal) trouxe para o debate Wellington Monteiro. Considerado um marco na história do Sindicato e uma referência como profissional da enfermagem alagoana, em sua trajetória de luta, a frente do Sineal (1987-2012), o militante sempre levantou a bandeira como desbravador da saúde de qualidade para a população do Estado.

Nesta entrevista, Wellington Monteiro traz um alerta à saúde geral do homem, que contempla a população masculina da infância até a fase adulta. A Campanha Novembro Azul também faz uma reflexão a respeito do assunto, e o mote deste ano, além de conscientizar sobre o câncer de próstata, mostra um incentivo para que os homens de todas as idades façam avaliações gerais e exames periodicamente.

Para o enfermeiro é necessária uma mobilização do público masculino e de seus responsáveis diretos, no caso de crianças e adolescentes, para conhecerem mais sobre sua saúde, em diferentes fases da vida. "É preciso que o homem assuma os cuidados com a própria saúde e procure o médico regularmente", frisou.

“A Campanha Novembro Azul é importante, por mais que se tenha avançado no sentido da concepção do Sistema Único de Saúde (SUS), com a implementação da Estratégia da Saúde da Família (ESF), que antes era somente um programa, ainda existem muitas ações fragmentadas nas ações de saúde para população e especialmente para o homem. Essas ações teriam que ser de forma integral, ainda se foca pouco neste público”, ressaltou.

Segundo Wellington Monteiro, o homem é vitima não apenas do câncer de próstata, mas também do intestino e de mama, por exemplo; além de também, de outros agravos que precisam ser dados à devida importância. “E, é possível, que se tenha um acompanhamento na prevenção dessas doenças exatamente na família e com as ações da Estratégia de Saúde da Família - ESF”, destacou.

Ainda de acordo com o enfermeiro, enganam-se quem acredita que só a menina ou a mulher estejam mais vulneráveis aos problemas de saúde, os dois (homem ou mulher), seguem no mesmo patamar de probabilidade do adoecer. “Os homens devem buscar os exames para apontar ou prevenir de forma precoce o câncer de próstata. Por falta de informação, a população masculina deixa de realizar exames preventivos e de detecção, e assim chegam ao estágio avançado da doença. O diagnóstico de próstata avançou nas suas formas, para que o exame de toque retal deixe de ser um estigma, e ocorra somente em último caso”, observou.

Ele explicou que primeiramente é feito um PSA – coleta de sangue, que vai apontar alguma alteração ou não da próstata, em seguida pode ser pedido exames de imagem para no momento seguinte se houver evolução ser indicado o toque retal.

De acordo com o Instituto Lado a Lado pela Vida, que coordena a Campanha Novembro Azul, quase 50% dos brasileiros nunca foram ao urologista.

Nas suas experiências profissionais, Wellington Monteiro comentou que visualizou na prática situações tardia da procura da saúde por parte do homem. Na Unidade de Emergência (UE) atual Hospital Geral do Estado (HGE) e no PAM Salgadinho, ele diz que testemunhou muito a demanda pela procura, a procura do homem aos serviços é mínima, e as mães de forma geral, se preocupam mais com a saúde masculina na fase infanto-juvenil.

Enquanto sindicalista, ele contou que sua luta não foi somente em prol dos trabalhadores, mas também pela saúde e ampliação do atendimento gerando qualidade nos serviços para a melhor assistência da população enquanto representações  que exerceu no Conselho Estadual de Saúde, Federação nacional dos Enfermeiros e Mesa Nacional de Negociação dos SUS.

Welligton Monteiro, - que é professor da Escola Técnica de Saúde Professora Valéria Hora – pertencente a Universidade Estadual Ciências da Saúde de Alagoas (Uncisal), - concluiu chamando mais uma vez a atenção da população masculina, sobretudo a adulta a partir dos 40 anos, que façam seus exames preventivos não somente relativos ao câncer de próstata, mas também de outros agravos, que o homem deve buscar periodicamente conforme protocolos para  saúde do homem.

Abaixo veja as doenças que mais afetam a saúde masculina na infância, adolescência, fase adulta e terceira idade. Na infância, as doenças citadas incluem fimose, infecção urinária e prostatite (inflamação da próstata). Já entre adolescentes, a lista destaca arritmia cardíaca, doenças sexualmente transmissíveis e ejaculação precoce. Na fase adulta, aparecem doenças como cálculo urinário e diversos tipos de câncer. Por fim, na terceira idade, integram o catálogo diabetes, disfunção erétil e hipertensão arterial.

Veja lista completa no link: http://www.ladoaladopelavida.org.br/campanha/novembro-azul/fases-do-homem.