Saúde
Sociedade de Cancerologia ressalta a importância da detecção precoce
Aumento progressivo da incidência dos tumores mamários está relacionado a muitos dos fatores epidemiológicos e de risco a ele associados, como idade, histórico familiar, consumo excessivo de bebidas alcoólicas, dieta rica em gordura e obesidade
Popularizada na década de 1990, e conhecida globalmente, a campanha Outubro Rosa visa alertar e conscientizar o público feminino quanto à importância da prevenção do câncer de mama. Até o fim de 2016, estima-se que a doença possa acometer mais de 50 mil mulheres, segundo levantamento do Instituto Nacional do Câncer, o INCA. A campanha deste ano tem o objetivo de fomentar a discussão sobre o diagnóstico e o rastreamento precoces, medidas essenciais para reduzir a mortalidade.
O aumento progressivo da incidência dos casos de câncer de mama está relacionado a muitos dos fatores epidemiológicos e de risco a ele associados. Por isso, um dos remédios mais importantes na luta contra a doença é a prevenção. “O diagnóstico tardio implica em tratamentos mais agressivos. Em razão de sua biologia tumoral, na grande maioria dos casos, quanto menor for o tumor diagnosticado, maior será a chance de cura”, reforça o cancerologista Robson Moura, presidente da Sociedade Brasileira de Cancerologia (SBC).Evitar a obesidade, o consumo excessivo de bebidas alcoólicas e do cigarro, praticar atividade física, e, mais especificamente, amamentar, além de evitar a reposição hormonal após a menopausa são alguns dos cuidados essenciais para prevenir o câncer de mama. “Ao contrário do que muita gente pensa, o fator genético não é fundamental para o aparecimento da doença. A hereditariedade é responsável por apenas 5% dos casos diagnosticados de tumores mamários”, conta Dr. Moura.Observe seu corpoDe acordo com o presidente da SBC, pequenas alterações na mama podem indicar que algo está errado. “Nódulos nas mamas; mudança no aspecto da pele e nos mamilos; pequenos nódulos nas axilas ou saída de líquido do mamilo de forma espontânea devem ser investigadas o quanto antes”, orienta.Embora seja importante e recomendado, o autoexame – olhar, apalpar e sentir as mamas para reconhecer suas variações naturais - não deve ser utilizado como um diagnóstico precoce. O ideal é realizar exames preventivos constantemente com acompanhamento médico, sem hiatos. “A SBC preconiza a realização de exame clínico e mamografia anualmente em mulheres acima dos 40 anos e naquelas com alto risco, a partir dos 35 anos. O nosso objetivo é colaborar com a disseminação do maior volume possível de informações sobre acesso aos serviços de diagnóstico e de tratamento, afim de reduzir o índice de mortalidade”, enfatiza Dr. Moura.
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