Roteiro cultural

Amizade transformada em literatura

Obra reúne contos, crônicas e poesias que nasceram da troca sensível entre dois autores e de uma campanha colaborativa

Por Ana Paula Omena - Repórter / Tribuna Hoje 07/05/2025 08h36 - Atualizado em 07/05/2025 09h03
Amizade transformada em literatura
Médico Eduardo Falcão revela, em entrevista à Tribuna, os bastidores do livro escrito a quatro mãos com Ana Clara Martins, à esquerda - Foto: Edilson Omena

A entrevista desta semana do Programa TH, canal da Tribuna no Youtube, se preenche de sensibilidade e poesia. O convidado foi o médico e escritor alagoano Eduardo Falcão, que divide com a também escritora Ana Clara Martins a autoria do livro Entre palavras e afetos – contos, crônicas e poesias. A obra nasceu de uma amizade que se fortaleceu por meio da escrita, da troca de vivências e da delicada arte de transformar sentimentos em literatura.

“Foi uma amizade que os próprios reveses políticos do país aproximaram. Ana Clara é cunhada de um grande amigo meu, o Diogo. A gente começou a conversar, ela viu que eu escrevia, e ela também escrevia algumas coisas. Começamos a trocar textos pelo WhatsApp e isso foi se aprofundando até surgir a oportunidade de concorrer a um edital de uma editora independente, a TAP – Toma Aí Um Poema”, contou Eduardo durante a entrevista.

O livro reúne mais de 40 textos entre crônicas, contos e poesias, e foi viabilizado por meio de uma campanha de financiamento coletivo que superou as expectativas dos autores. “A arrecadação ultrapassou os R$ 5 mil, o que é expressivo. A média dessas campanhas costuma ser em torno de R$ 2 mil. Foi surpreendente ver tanta gente contribuindo e se envolvendo”, destacou.

A obra, que está em vias de ser publicada, é fruto de uma curadoria cuidadosa feita pelos dois autores. “A gente não escolheu os textos pensando apenas no que seria mais palatável ao leitor. Optamos por aquilo que mais representava nossa escrita atual. Textos muito antigos, que já não conversavam tanto com o que sentimos hoje, acabaram ficando de fora”, explicou.
Para Eduardo, a escrita não é exatamente uma fuga do cotidiano, mas sim uma forma de libertação. “A rotina da medicina é intensa e por vezes opressiva, mas é também dela que extraio observações e sentimentos. Confira a entrevista completa no canal @PortalTribunaHoje no Youtube.