Roteiro cultural

Roda de Choro celebra tradição e diversidade com oficina no Misa e apresentação na Praça Dois Leões

Oficina no Museu da Imagem e do Som de Alagoas acontece em 22 de abril e a Roda de Choro, no dia seguinte, ambas às 19 horas

Por Assessoria 19/04/2025 14h46 - Atualizado em 20/04/2025 18h48
Roda de Choro celebra tradição e diversidade com oficina no Misa e apresentação na Praça Dois Leões
Roda de Choro na Praça - Foto: Divulgação

A cidade de Maceió se prepara para celebrar o Dia Mundial do Choro com uma programação especial que valoriza a tradição, a diversidade e a música instrumental brasileira. Promovida pela Horizonte Produções, a iniciativa conta com dois momentos marcantes: uma oficina no dia 22 de abril, no Museu da Imagem e do Som de Alagoas (Misa), e a Roda de Choro na Praça Dois Leões, no dia 23 de abril, ambas com início às 19h.

A oficina no Misa, na terça-feira (22), será um espaço de troca de experiências e aprendizado, reunindo nomes consagrados da música alagoana como Almir Medeiros, Siqueira Lima, Zé Ivo, Wellington Pinheiro, Selma Brito e a Dama do Choro Alagoano, Ismair Martins. A mediação será da produtora Weldja Miranda, que também coordena as ações da Roda de Choro desde sua retomada em 2024. O encontro é gratuito e voltado para músicos, estudantes e apreciadores do gênero.

Na quarta-feira (23), a comemoração segue com a Roda de Choro na Praça, desta vez ocupando a emblemática Praça Dois Leões, no bairro histórico do Jaraguá. O evento foi idealizado pelo Maestro Siqueira Lima e por Ismair Martins, e desde outubro do ano passado passou a acontecer mensalmente, inicialmente na Praça Lions, com grande adesão do público. A iniciativa nasceu dos encontros informais entre músicos de cidades como Maceió, Penedo e Marechal Deodoro, e se consolidou como um importante ponto de valorização da cultura popular.

Mais do que um encontro musical, a Roda de Choro tem sido um espaço de inclusão e representatividade, com destaque para a participação feminina no gênero tradicionalmente dominado por homens. A pianista Selma Brito, por exemplo, tem incentivado outras mulheres a ocuparem os palcos e a se expressarem através do choro. “Esse mundo também é nosso”, afirma a artista, que participou de diversas edições do evento.

A ação reforça o compromisso com a preservação do patrimônio imaterial brasileiro, especialmente após o reconhecimento do choro como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2024. Além disso, promove o fortalecimento dos laços comunitários e a ocupação dos espaços públicos com arte e cultura.

A próxima parada da Roda de Choro e da oficina será na cidade de Penedo, ainda neste semestre, como parte do projeto de interiorização e descentralização da produção cultural alagoana.

Programação (Imagem: Divulgação)