Roteiro cultural
Historiador Geraldo Majella lança livro sobre o voleibol alagoano
Com apoio do Governo do Estado, obra preserva o legado das gerações do voleibol
O historiador Geraldo Majella lança no próximo sábado (11) o livro “A História do Voleibol Alagoano”, uma obra que traça a evolução do voleibol no estado. O Governo de Alagoas é uma dos apoiadores da publicação.
O livro, impresso pela gráfica Graciliano Ramos, vinculada à Secretaria de Estado de Planejamento, Gestão e Patrimônio (Seplag), enfrentou desafios devido às restrições impostas pela pandemia. Para superá-los, Geraldo Majella conduziu entrevistas com ex-jogadores, ex-dirigentes de clubes e ex-treinadores, proporcionando uma visão do papel do voleibol na história esportiva local.
O projeto colaborativo ganhou vida graças ao empenho de ex-jogadores de voleibol, como Flávio Doria, Geraldo Lessa, Sérgio Doria, Eduardo Araújo e Gustavo Laranjeira, atual presidente da Federação Alagoana de Voleibol. Eles compartilharam o objetivo de criar um trabalho abrangente que capturasse a história do voleibol em Alagoas.
Como destaca Flávio Doria, o livro ressalta as transformações vivenciadas por gerações de atletas de 1960 a 1990, que contribuíram para a formação moral e educacional do alagoano. Muitos deles assumiram posições importantes em Alagoas e no Brasil, incluindo importantes cargos políticos e empresariais.
Gerações Masculinas
A primeira geração masculina, que se destacou nas décadas de 40, 50 e 60, inclui figuras como Toroca, Leopoldo Vanderlei (Popô), José Mendes Rocha, José Batinga e Caio Porto.
A segunda geração, que floresceu nas décadas posteriores, contribuiu para o voleibol no estado, atuando principalmente no Clube Fênix e no CRB. Destacam-se Dilmar Camerino, Napoleão Portella, Marcos Lopes, Carlos Augusto Baiano e Ronaldo Lessa.
Posteriormente, surgiram talentos como Deraldo Peixoto, que teve o privilégio de jogar na seleção brasileira. Maurício Borges é outro destaque alagoano que conquistou medalha de ouro nos Jogos Olímpicos de 2016 e continua a jogar em nível internacional.
Gerações Femininas:
O voleibol feminino também deixou sua marca, com a primeira geração destacando-se na década de 1950. Rosinha Bastos foi estrela no Flamengo, sendo campeã sul-americana em 1951 e medalhista de ouro nos Jogos Pan-Americanos de 1959; Iracema Uchoa foi campeã pelo Botafogo, incluindo conquistas invictas; e Suzete Craveiro, que também foi campeã pelo Botafogo em 1948. Betinha, Socorrinho Almeida, Noêmia Coelho, Lúcia Coelho e Vitorinha brilharam em competições nacionais e internacionais.
A segunda geração feminina, que surgiu nas décadas de 1960 e 1970, contou com talentos notáveis como Fátima Pinto, que foi capitã da seleção brasileira, jogou no CRB e ganhou muitos títulos. Constância, Gláucia, Marilda Borges e Katia Born foram outras jogadoras destacadas do final dos anos 60 e início dos anos 70. Ana Paula Popó jogou em vários clubes fora de Alagoas. Já Sandra Lima, Edna Veiga, Ana Olívia fizeram parte da seleção brasileira em suas respectivas épocas.
Todas essas atletas contribuíram significativamente para o voleibol feminino em Alagoas e alcançaram reconhecimento nacional e internacional.
O lançamento do livro A História do Voleibol Alagoano é um evento para os entusiastas do esporte e da história local. O evento está marcado para o dia 11 de novembro de 2023, às 14h, no restaurante Filé do Zezé, localizado na Rua Industrial Climério Sarmento, Jatiúca, e está aberto a todos que desejam celebrar e honrar o legado.
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