Política
AMA reúne municípios para apresentação do Programa Pós-Medida
Presidente Marcelo Beltrão reforça importância do apoio dos municípios aos jovens em reinserção social
A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) realizou, nesta segunda-feira (17), uma reunião com prefeitos, prefeitas e equipes técnicas municipais para a apresentação do Programa Pós-Medida, conduzida pela equipe da Secretaria de Prevenção à Violência (Seprev). O encontro aconteceu no auditório da entidade e marcou mais um passo no fortalecimento das políticas públicas de proteção e reinserção social da juventude no estado.
O presidente da AMA, Marcelo Beltrão, destacou a responsabilidade conjunta dos municípios na construção de caminhos que rompam o ciclo da violência e reforçou que Alagoas pode se tornar referência nacional nessa agenda. “Os municípios e AMA estão juntos para fortalecer esse trabalho e garantir que o pós-medida funcione na ponta, com oportunidade, cuidado e responsabilidade”, afirmou o presidente Marcelo.
“Os jovens que saem do sistema socioeducativo precisam ser acolhidos. Os municípios têm papel fundamental nesse processo, especialmente por meio do Cras e do Creas, oferecendo cursos, estágios e oportunidades reais de mudança de vida. É assim que fortalecemos políticas públicas e construímos um estado mais seguro e humano”, destacou o Coronel Marcos Sérgio, superintendente Seprev, que esteve presente na reunião com os gestores municipais.
Durante a apresentação, Patrícia Amorim, coordenadora do Programa de Acompanhamento aos Adolescentes e Jovens em Pós-Cumprimento de Medida Socioeducativa – Pega a Visão, destacou a relevância do diálogo direto com as gestões municipais.
“Este é um momento de extrema importância para nós do pós-medida. É a oportunidade de os prefeitos e equipes conhecerem a execução, a natureza e a realidade do nosso trabalho. Realizamos o acompanhamento de adolescentes e jovens em pós-cumprimento de medida socioeducativa em todo o estado e articulamos com os equipamentos de assistência, saúde e demais serviços municipais. Agora estamos estreitando esse diálogo aqui na AMA, para fortalecer ainda mais essa rede”, afirmou Patrícia.
O prefeito de Maribondo, Bruno Teixeira, é o representante da AMA no Grupo de Trabalho do Programa de Pós-Medida do Estado de Alagoas, iniciativa conduzida pelo Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ/AL) por meio do Grupo de Monitoramento e Fiscalização (GMF). Durante a reunião, ele explicou que o GT reúne diversos segmentos – entre eles Seprev, Educação e Assistência Social – com o objetivo de alinhar linguagens, fortalecer fluxos de acompanhamento e tornar mais efetiva a política voltada aos adolescentes e jovens que deixam o sistema socioeducativo.
Segundo ele, o grupo nasce da necessidade de superar divergências na condução do pós-medida, que ainda geram retrabalho e fragilizam os resultados esperados. O prefeito Bruno destacou que o trabalho é uma união de esforços para que o acompanhamento desses jovens seja realmente transformador.
“Estamos discutindo um tema de impacto direto para os municípios. O pós-medida precisa de fluxos uniformes e integrados para garantir efetividade”, declarou. Ele explicou que o GT atua para estruturar ações concretas e padronizadas em todo o estado, reforçando a orientação do desembargador Márcio Roberto: “Há um pedido importante para que os prefeitos se engajem, incentivem suas equipes e abracem esse trabalho conjunto, porque os órgãos técnicos já dialogam entre si, mas o envolvimento direto das gestões municipais é fundamental para que o programa funcione de verdade.”
Sobre o Programa Pós-Medida
Inserido no âmbito do Sinase (Sistema Nacional de Atendimento Socioeducativo), o pós-medida consiste no acompanhamento contínuo de adolescentes e jovens que concluíram medidas socioeducativas. O objetivo é garantir reinserção social, prevenção da reincidência e promoção do desenvolvimento integral.
O programa atua a partir de: Articulação com a rede municipal (Cras, Creas, Saúde, Educação e outras políticas); Cursos profissionalizantes e oportunidades de capacitação; Acompanhamento psicológico e encaminhamento para serviços de saúde; Construção de redes de apoio, incluindo acesso a estágios, emprego e atividades comunitárias.
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