Política
Paulão lamenta morte de Clara Charf
Alagoana tinha 100 anos; militante das causas sociais e fundadora do PT, foi casada com Carlos Marighella, inimigo da ditadura
O deputado federal Paulão (PT) divulgou nota de pesar, nas mídias sociais, pelo falecimento da ativista alagoana Clara Charf, ontem, em São Paulo. A morte da petista histórica – viúva do combatente revolucionário Carlos Marighella, o inimigo número 1 da ditadura militar – três meses e meio após completar 100 anos, foi notícia nacional em todos os jornais de grande circulação.
Para o deputado Paulão, ela deixa um legado histórico na luta em defesa da democracia e das mulheres. “Hoje, nos despedidos com pesar de Clara Charf, aos 100 anos. Nordestina de Maceió, foi uma das fundadoras do PT e um símbolo de coragem e resistência, na luta pelos direitos das mulheres e por um Brasil mais justo e democrático”, afirmou o parlamentar.
“Desde jovem, enfrentou a ditadura, o exílio e a perda de seu companheiro, Carlos Marighella, sem jamais abandonar seus ideais. Clara deixa um legado de força e compromisso com a transformação social e a igualdade. Sua história seguirá inspirando gerações de militantes, jovens e mulheres. Clara Charf: presente, hoje e sempre!”, acrescentou.
A morte da militante das causas sociais e fundadora do PT ganhou repercussão nacional, logo após o anúncio do seu falecimento, no início dessa semana. Foram muitos os comentários a respeito da trajetória dela, da sua importância da luta internacional que ela liderou em defesa das mulheres latino-americanas e da união dela com o Carlos Marighella.
“Clara dedicou toda a sua vida à resistência contra a ditadura e às causas populares. Por isso, fiz questão de postar essa nota de pesar, com meus sentimentos pela passagem dela para outro plano”, destacou Paulão.
“A gente [do PT de Alagoas] tinha previsto uma homenagem à Clara, ainda em vida, por ocasião do seu centenário de nascimento, mas ela estava muito debilitada; de maneira que a própria família pediu que no momento não fosse realizado nada que exigisse a presença dela”, revelou o deputado.
A morte da ativista alagoana foi confirmada pela Associação Mulher pela Paz, fundada e presidida por Clara Charf, que, desde jovem, se dedicou às causas sociais e aos direitos femininos.
“Clarinha morreu de causas naturais. Estava hospitalizada há alguns dias, intubada. Dentre as diversas atividades dessa guerreira, foi também idealizadora e fundadora da Associação Mulheres pela Paz, da qual era presidenta. Deixa um legado de lutas pelos direitos humanos e equidade de gênero”, afirmou Vera Vieira, diretora-executiva da entidade em comunicado.
A entidade destacou ainda que a “Associação Mulheres pela Paz Clara Charf foi grande. Foi do tamanho dos seus 100 anos”.
“Difícil dizer que ela apagou. Porque uma vida com tamanha luminosidade fica gravada em todas e todos que tiveram o enorme privilégio de aprender com ela. Vá em paz, querida guerreira”, acrescentou no comunicado.
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