Política

CUT diz que Arthur Lira dificulta isenção de impostos

Acusação indica que deputado federal de Alagoas prejudica baixa renda no Brasil, conforme denúncia feita nas redes sociais

Por Ricardo Rodrigues - colaborador / com Agência Câmara 05/06/2025 10h23 - Atualizado em 05/06/2025 10h29
CUT diz que Arthur Lira dificulta isenção de impostos
CUT nacional: Lira diz que prefeitos e governadores não aceitarão bancar isenção do Imposto de Renda - Foto: Divulgação

A Central Única dos Trabalhadores (CUT) denunciou, nas mídias sociais, o deputado federal Arthur Lira (PP/AL) de dificultar a isenção de impostos para os brasileiros de baixa renda. De acordo com a CUT, Lira publicou um vídeo essa semana no qual manda um recado ao governo do presidente Lula (PT).

De acordo com a postagem da CUT nacional, Lira afirma que os prefeitos e os governadores brasileiros não aceitarão bancar a isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil. O ex-presidente da Câmara é o relator da matéria, que tramita no Congresso Nacional.

“Durante o tempo em que esteve na direção da Câmara Federal, Lira era conhecido por atuar mais como um presidente de associação dos deputados que como um chefe de um dos poderes da República. Ele também nunca escondeu a sua relação com operadores do mercado financeiro, os mesmo que são contra o projeto de isenção do Imposto de Renda”, afirma a direção nacional da CUT.

“É por esta razão que a defesa dos interesses de estados e municípios nesse momento soa mais como uma criação de um empecilho a aprovação do projeto de interesse da classe trabalhadora, especialmente dos que ganham menos”, acrescenta a postagem da Central Sindical, que é ligada ao PT.

OUTRO LADO

A reportagem da Tribuna Independente tentou ouvir o deputado Arthur Lira, por meio da sua assessoria, para saber se é verdade que prefeitos e governadores não aceitarão bancar a isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, mas o parlamentar não deu retorno, até o fechamento desta matéria.

Justiça confirma vitória por danos morais de Arthur Lira sobre Felipe Neto

Aconteceu na tarde de ontem, 04/06, no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT), o julgamento da apelação do influenciador digital Felipe Neto contra a condenação por danos morais, naquele caso em que ele chamou o então presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, de “excrementíssimo”. A decisão saiu e o influenciador perdeu por unanimidade: 3 a 0.

Arthur Lira, por sua vez, interpôs recurso de apelação para requerer que o ônus da sucumbência recaísse integralmente sobre o réu, ou seja, que as custas totais do processo fossem pagas por Felipe Neto. Além de mantida a condenação de Felipe Neto, foi retirada a sucumbência de Arthur Lira.

Embora o valor das custas do processo seja irrisório diante da gravidade do fato, o aspecto moral de uma condenação desse tipo é o fator mais relevante a ser destacado.

Hugo MotTa

Ao discursar na abertura do 11º Fórum Parlamentar do BRICS, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), pediu que os parlamentares mantenham o realismo e a esperança para buscar uma agenda de reformas por uma governança mais inclusiva e sustentável.

“Enfrentamos atualmente um contexto internacional marcado por tensões geopolíticas, protecionismo e fragilização do multilateralismo. Nesse cenário, a aposta no diálogo, na diplomacia e na renovação das instituições internacionais torna-se ainda mais imperativa”, analisou. “Que os frutos deste encontro se reflitam em iniciativas legislativas concretas, em projetos conjuntos e em uma visão compartilhada de futuro – uma visão realista e esperançosa.”

Hugo Motta defendeu uma reforma abrangente de organismos multilaterais para garantir uma arquitetura de paz e segurança para solucionar conflitos, defender os direitos humanos e repudiar o racismo e o terrorismo.

“É inaceitável e, cada vez mais, flagrantemente ineficaz que estruturas decisórias do sistema ONU continuem a refletir o mundo do pós-Segunda Guerra Mundial, e não as dinâmicas geopolíticas do século 21. Nosso compromisso com a reforma do Conselho de Segurança das Nações Unidas é inequívoco. Um conselho mais representativo, com maior participação de países do Sul Global, é condição indispensável para a promoção da paz, da segurança internacional e da solução negociada de conflitos”, afirmou.