No último dia do roadshow internacional, em Nova Iorque (EUA), o ministro dos Transportes, Renan Filho, participou de reuniões bilaterais com grandes grupos de investimento para apresentar os avanços regulatórios, a robustez da carteira de concessões rodoviárias e o novo pipeline de projetos ferroviários do governo brasileiro. O encontro marcou o encerramento de uma série de agendas estratégicas com foco na atração de capital estrangeiro para a infraestrutura do Brasil.

Durante os cinco dias da missão internacional, o Ministério dos Transportes participou de reuniões com os principais fundos globais, como BlackRock, Global Infrastructure Partners (GIP), Morgan Stanley Infrastructure Partners, KKR, Apollo, CPP Investments, Ontario Teachers', Macquarie, Allianz Global Investors, Denham Capital, I Squared Capital, Meridiam, Actis e John Laing. Ao lado das concessões rodoviárias, que somam R$ 161 bilhões previstos até 2025, a comitiva apresentou a carteira de 3 projetos ferroviários, com previsão de R$ 54 bilhões em investimentos.

Presente na comitiva, a secretária nacional de Transporte Rodoviário, Viviane Esse, destacou a importância estratégica desses encontros para fortalecer o diálogo com investidores que já atuam no Brasil e ampliar o apetite por novos projetos. “Apresentamos a carteira de rodovias, mas também ouvimos os desafios para ampliar o investimento estrangeiro no Brasil. Foi muito importante esse diálogo, inclusive sobre otimizações contratuais que podem atrair mais parcerias para os processos competitivos da nossa carteira de concessões”, afirmou.

Investimentos

A série de agendas estratégicas nos Estados Unidos começou na segunda-feira (12), com a apresentação do Programa de Otimização de Contratos, que tem o potencial de destravar R$ 110 bilhões em investimentos por meio de reequilíbrios contratuais. Atualmente, a iniciativa conta com a adesão de 14 contratos de concessão, referentes a rodovias que atravessam 13 unidades da Federação: Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraná, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo. Cinco acordos já foram firmados e devem injetar R$ 63 bilhões em rodovias estratégicas para o país, como a Fernão Dias e a Régis Bittencourt.

Nos dias seguintes, a comitiva brasileira do Ministério dos Transportes participou de painéis públicos e bilaterais com os maiores players de investimentos em infraestrutura do mundo, apresentando os projetos ferroviários que incluem corredores como Fico–Fiol, Ferrogrão, EF-118 e conexões entre Salgueiro–Suape e Fortaleza–Sobral, iniciativas que visam à integração logística do país e devem ser executadas por meio de leilões ferroviários e repactuações contratuais.