Política
Eleitos devem iniciar gestões 'às escuras' em 3 cidades alagoanas
Passada a eleição, atuais administrações em Maribondo, Joaquim Gomes e Estrela de Alagoas não colaboraram com transições
Com os novos prefeitos devidamente diplomados, já é uma realidade a próxima gestão nos municípios brasileiros. São grandes os desafios para todos eles, mas aparentemente em alguns lugares a transição que aconteceu desde a eleição deve dificultar ainda mais. Em Alagoas, 97 municípios contaram com vitória da situação (ou o prefeito se reelegeu, ou apoiou o nome eleito), há pelo menos três municípios com problemas no diálogo para obter informações relevantes sobre receitas, despesas, assistência, entre uma série de dados considerados relevantes para o desenvolvimento econômico municipal.
No Agreste alagoano, em Maribondo, o eleito Bruno Teixeira (PSB) relata um cenário de caos. O prefeito eleito diz que a transição vai longe da conciliação, faltando acesso total à documentação do município, o que dificulta o entendimento da real situação da cidade. A equipe supõe, com base no que tem visto, que se trata de uma realidade péssima, com serviços públicos em verdadeira calamidade.
“Entre as situações que preocupam está o lixo nas ruas, perseguição da atual gestão com demissão em massa, falta de remédios, prédios públicos sem a devida manutenção, frota descuidada, gastos sem prioridades e atraso no pagamento de prestadores e fornecedores de serviços”, detalhou a equipe de transição ao enviar uma nota à reportagem da Tribuna Independente.
Teixeira afirma que pode haver prejuízos para a população. “Estamos muito preocupados com o que tem se mostrado. Maribondo se encontra em uma situação totalmente alarmante e a falta da colaboração da gestão atual na transição só atrapalha o que, infelizmente, reflete na vida de cada cidadão maribondense”. Apesar disso, ele garante que a equipe tem se mostrado firme, mantendo diálogo e buscando, junto ao novo gestor, soluções para enfrentar, da melhor forma, a atual crise em que a cidade se encontra.
No caso de Joaquim Gomes, a nova prefeita, Rita do Araçá (MDB), tem se posicionado nas mídias sociais, fazendo sérias críticas à gestão que se encerra. Nossa reportagem não obteve retorno da prefeita até o fechamento desta edição, mas uma publicação em sua página feita no dia 6 de dezembro, ela deixou claro que não houve conciliação.
“Antes mesmo do dia 6 de outubro, eu já enxergava o descaso que tomava conta de Joaquim Gomes. Era doloroso ver a população enfrentando as consequências de uma gestão que parecia alheia às reais necessidades do povo. Mas o que já era difícil tornou-se ainda mais alarmante após a derrota da atual gestão nas eleições. Ao invés de assumirem a responsabilidade e demonstrarem compromisso com a cidade, o abandono apenas se intensificou, trazendo ainda mais sofrimento para quem mais precisa. O hospital, que deveria ser um refúgio para os doentes e necessitados, está desprezado, sem a mínima estrutura para atender a nossa gente. A educação, que deveria ser o alicerce do nosso futuro, está completamente arruinada, com alunos sofrendo pela falta de ônibus escolares para chegar às aulas. Na saúde, a ausência de medicamentos é uma realidade cruel que reflete a falta de direção e sensibilidade da administração. Enquanto isso, a infraestrutura da cidade está velha e deteriorada, um retrato triste de uma gestão que virou as costas para o bem-estar do povo. O que mais me corta o coração é saber que os mais necessitados enfrentam o drama de não ter sequer o que comer”.
Gestores têm usados as redes sociais para relatar precariedade nos serviços
Já em Estrela de Alagoas, o novo prefeito Roberto Wanderley (MDB), chegou a se pronunciar publicamente em outubro sobre os problemas que estaria enfrentando na transição. Segundo uma publicação em suas redes sociais, ele teria protocolado um pedido para ser iniciada a transição.
“No dia 15 de outubro, como determina a lei, protocolamos um pedido sobre a transição, e informações para que possamos começar a decidir sobre o destino de Estrela de Alagoas”, disse ele em vídeo. Na legenda da postagem, o prefeito complementou.
“Esse passo é fundamental para que possamos começar a decidir, com responsabilidade, o futuro de Estrela de Alagoas”. Não conseguimos retorno de Roberto Wanderley até o fechamento desta edição para saber se houve avanços após aquela data.
Já em Estrela de Alagoas, o novo prefeito Roberto Wanderley (MDB), chegou a se pronunciar publicamente em outubro sobre os problemas que estaria enfrentando na transição. Segundo uma publicação em suas redes sociais, ele teria protocolado um pedido para ser iniciada a transição.
“No dia 15 de outubro, como determina a lei, protocolamos um pedido sobre a transição, e informações para que possamos começar a decidir sobre o destino de Estrela de Alagoas”, disse ele em vídeo.
Na legenda da postagem, o prefeito complementou. “Esse passo é fundamental para que possamos começar a decidir, com responsabilidade, o futuro de Estrela de Alagoas”. Não conseguimos retorno de Roberto Wanderley até o fechamento desta edição para saber se houve avanços após aquela data.
Diferentes dos municípios de Maribondo, Estrela de Alagoas e Joaquim Gomes, a realidade em Quebrangulo parece ter sido mais pacífica. Ainda em outubro deste ano, o novo prefeito Manoel Tenório (PSDB) informou à Tribuna Independente que havia tranquilidade. “Já foram montadas as equipes de transição tanto da parte do novo governo, quanto da parte do governo que está em andamento. Está acontecendo tudo dentro da normalidade”.
ATUALIZAÇÃO
A Associação dos Municípios Alagoanos (AMA) realizou um seminário sobre as regras de transição para os novos gestores. O evento, voltado a prefeitos e suas equipes, destacou que as regras de transição se aplicam tanto aos reeleitos quanto aos que estão assumindo pela primeira vez, visando assegurar uma gestão contínua e responsável.
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