Política

Justiça mantém anulação de eleição do Sinpro

Sindicato dos Professores Particulares tem prazo de 30 dias para realização de novo pleito após sucessivas decisões

Por Valdete Calheiros - colaboradora / Tribuna Independente 17/12/2024 09h18 - Atualizado em 17/12/2024 09h41
Justiça mantém anulação de eleição do Sinpro
Parte dos integrantes da chapa de oposição, que contesta a lisura das eleições realizadas no ano passado - Foto: Cortesia

Sucessivas decisões judiciais têm sido a tônica da nova eleição para a diretoria do Sindicato dos Professores do Estado de Alagoas (Sinpro/AL) que, agora, segue anulada, conforme decisão da 10ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT/AL), proferida na última sexta-feira, dia 13. Um novo prazo, dado pelo TRT, determinou que nova eleição aconteça em um período de 30 dias.

A professora Jandete Melo de Sena encabeça a chapa de oposição da atual diretoria e explicou que a primeira decisão foi em julho, quando a mesma Vara deu 30 dias para que houvesse uma nova eleição. A chapa conta com o professor Sérgio Fonseca como nome para vice-presidente.

“A atual diretoria recorreu. Em agosto, ao receber decisão desfavorável, recorreu, novamente. E a sentença mais recente saiu na semana passada, dando um prazo de 30 dias para que haja nova eleição. Até o momento, a decisão do Sinpro não se pronunciou. Particularmente, não creio que haverá eleição em 30 dias, visto que os professores da rede privada estão de recesso”.

O mandato da diretoria do Sinpro, que existe há mais de 40 anos, é de quatro anos. A última eleição ocorreu no ano passado, no dia 14 de abril de 2023, e foi judicializada. À época, a chapa de oposições apontou “inúmeras irregularidades”.

Segundo Jandete Melo de Sena, na lista dos votantes, não constavam dados dos eleitores. “Houve falta de quórum e pessoas que não faziam parte da base votaram como educador social”, denunciou, ao completar que a atual gestão está no Sindicato há quase duas décadas e não cumpre o estatuto, a fim de se manter na direção.

Ainda confirme integrantes da chapa de oposição, na eleição passada não teve urnas itinerantes, o que inviabilizou que professores de outros municípios pudessem exercer o direito ao voto.

“Houve apenas cinco urnas, sendo duas na sede do Sinpro, uma no colégio Santa Amélia, uma no Cesmac e uma no Shopping Maceió, desta forma os professores não puderam votar”, afirmou.