Política
Paulão cobra solução ao Hospital Veredas
Diretoria afasta presidente Edgar Antunes Neto em meio à greve dos colaboradores por melhores condições de trabalho
A crise no Hospital Veredas levou o deputado federal Paulão (PT) sair em defesa dos funcionários da instituição, que estão em greve por melhores condições de trabalho. Apesar de ter mudado a presidência, boa parte da diretoria continua e até agora não apresentou uma proposta que pudesse encerrar o movimento paredista.
Nas mídias sociais, Paulão fez uma declaração que confirma a situação de precariedade em que se encontram os trabalhadores do hospital. O petista disse que eles estão sendo tratados de forma desumana. De acordo com sua assessoria, o deputado condenou a direção do Hospital Veredas pelo descaso com seus funcionários e prestadores de serviço.
Paulão disse que o quadro funcional da unidade de saúde vive uma situação de total desrespeito e exploração.
“Sem receber os salários de outubro, o complemento do piso da enfermagem e até mesmo os juros do 13º salário de 2022, esses profissionais estão sendo tratados de forma desumana, mesmo após a unidade receber milhões em verbas públicas, incluindo emendas parlamentares”, afirma Paulão.
Ele afirmou ainda que é inadmissível que o hospital, que já recebeu tantos recursos, não cumpra com suas obrigações e pediu a intervenção do Ministério Público e da Justiça do Trabalho, para garantir os direitos desses profissionais e responsabilizar a gestão por esse descaso.
“Minha total solidariedade aos trabalhadores que lutam pelo mínimo: o pagamento pelo trabalho digno que realizam diariamente. Estamos juntos e juntas nessa luta!”, lamentou Paulão.
A greve dos funcionários do Hospital Veredas, iniciada no último dia 11, segue por tempo indeterminado.
As diversas categorias profissionais aguardaram, sem resposta, a promessa feita pela direção da unidade de saúde de quitar o restante dos atrasados que compreende o mês de outubro, o complemento do piso salarial da enfermagem e as férias.
O deputado espera que a Justiça e os órgãos ministeriais ajudem a resolver a crise no Hospital Veredas. Segundo ele, não basta apenas mudar o presidente, a instituição precisa passar por uma auditoria, honrar seus compromissos, garantir os empregos, para poder receber novos investimentos.
AFASTAMENTO
O diretor presidente em exercício do Hospital Veredas, André Luis Ramires Seabra, anunciou por meio de uma circular, com data de 19 de novembro e assinada por demais diretores da instituição, o afastamento do agora ex-presidente Edgar Antunes Neto. Dirigida aos colaboradores do hospital, com cópias para prestadores de serviço, cogestores, corpo clínico e equipe multidisciplinar - a circular anuncia a “nova composição da diretoria executiva do Hospital Veredas”.
O comunicado diz ainda que a decisão de afastar Antunes Neto foi tomada pela diretoria da instituição, em assembleia deliberativa da Fundação Hospital da Agroindústria do Açúcar e do Álcool de Alagoas.
Foram conduzidos a assumir, interinamente, até a eleição do próximo presidente, respondendo ainda, cumulativamente, também pelo cargo de diretor secretário, para o qual temos mandato a cumprir até julho de 2027”, diz um trecho do comunicado, assinado por André Luis Ramires Seabra.
Além dele, presidente em exercício, fazem parte da nova composição da Diretoria Executiva do Hospital Veredas: Pauline de Fátima Pereira Albuquerque, diretora financeira; Luiz Eustáquio Silveira Moreira Filho, diretor de patrimônio; e Miquéias Silva Damaceno Junior, diretor médico.
Para os servidores do hospital, o afastamento de Antunes Neto não muda muita coisa diante do crime em que se encontra o antigo Hospital dos Usineiros, que sempre foi ligado à agroindústria sucroalcooleira alagoana.
Em resposta aos protestos realizados por funcionários devido a atrasos salariais, o Hospital Veredas mudou a diretoria anunciou a destituição de Edgar Antunes Neto, mas isso não põe fim à crise na unidade de saúde.
As mudanças ocorrem em um momento de forte pressão interna, refletindo a insatisfação dos funcionários e a necessidade de ajustes para enfrentar os desafios administrativos e financeiros da instituição.
NADA A DECLARAR
Procurados para se manifestar sobre a situação do Hospital Veredas, o senador Rodrigo Cunha (Podemos) e o deputado federal Arthur Lira (PP), disseram que não gostariam de se posicionar. “Não comentarão”, disse o assessor de comunicação de ambos.
Apesar de ter uma prima da diretoria e ter ajudado o hospital na liberação de recursos, via Ministério da Saúde, Lira preferiu, nesse momento, não declarar nada a respeito da crise na instituição.
Essa mesma posição do presidente da Câmara Federal foi adotada pelo senador Rodrigo Cunha, que foi eleito vice-prefeito de Maceió e vai ter que conviver com os problemas da saúde da população, já que deve indicar o nome da pessoa que irá comandar a pasta a partir de 2025.
Em outubro, o Ministério Público Federal (MPF) e a Defensoria Pública da União (DPU) ajuizaram uma ação civil pública para pedir a intervenção da Prefeitura de Maceió no Hospital Veredas e assim garantir o atendimento a pacientes do SUS.
Portanto, caberá a gestão do prefeito JHC (PL), que terá Cunha como vice, dar resposta à crime na unidade de saúde, localizada na Avenida Fernandes Lima, no bairro do Farol.
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