Política
Às vésperas das convenções, rivais evitam confirmar seus vices
PL, de JHC, já está com tudo pronto e o MDB, de Rafael Brito, ainda tenta desistência do PT na capital
Ainda guardando o mistério sobre a definição dos vices, PL, do prefeito de Maceió, JHC, e o MDB, do pré-candidato e deputado federal Rafael Brito, realizam esta semana as suas convenções partidárias em Maceió. Os dois partidos, que representam grupos rivais, prometem protagonizar o maior embate nas eleições da capital alagoana esse ano.
O MDB, que segue investindo no nome de Rafael Brito à Prefeitura de Maceió, tem evitado tratar publicamente sobre o vice porque o partido segue tentando a aliança com o PT através de diálogo entre as direções nacionais. Por sua vez, até agora, o PT local tem resistido com a manutenção da candidatura própria de Ricardo Barbosa, já até fez convenção no último sábado (20) e confirmou o nome.
A convenção do MDB está marcada para o dia 4 de agosto, um domingo. Será no ginásio do Colégio Fantástico, no Benedito Bentes, e aparentemente com grande festa. Caso a aliança com o PT realmente não saia, há indícios de que o nome pode vir do PSB, já que a convenção deles está marcada para o mesmo dia, hora e local que a do MDB.
Por outro lado, o PL adota uma linha mais discreta. No conforto de quem está liderando as pesquisas, a candidatura à reeleição de JHC será confirmada em uma convenção simples. Para quem esperava um pontapé na campanha com festa e público de massa, uma surpresa. Segundo o presidente do PL Maceió, Ivan Carvalho, “será o que chamamos de ‘cartorial’. Apenas se atendo às formalidades exigidas pela legislação eleitoral”. A convenção acontece em um salão fechado, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, às 15h de uma quinta-feira, no dia 1º de agosto.
ÚNICA DISPUTA
O cientista político Ranulfo Paranhos avalia que esses dois grupos – PL versus MDB –, são praticamente a única disputa das eleições em Maceió esse ano.
“Eu acho que os dois grupos, principalmente esse grupo JHC com Arthur Lira, marcado por essa aliança estabelecida, esse é o grupo principal, um grupo com maior probabilidade de vitória, maiores chances de vitória, e o grupo dos Calheiros, Dantas/Calheiros, grupo do governo do estado. A gente não tem ainda certeza se haverá segundo turno também, isso só com o desenrolar dos debates, o desenrolar das campanhas, como é que isso vai se dar, mas esses são efetivamente, essa é já uma campanha que nasce polarizada, não no sentido ideológico, mas polarizado no sentido de forças, então eu tenho só duas forças atuando”, analisa Ranulfo em contato com a reportagem da Tribuna Independente.
A disputa vai além dos nomes dos candidatos, pois se trata de um processo que envolve a estrutura das gestões.
“Ela é marcada por um candidato que está bem avaliado nas pretensões de voto, e que detém a máquina pública, que é o atual prefeito, então é esse candidato está indo para as reeleições, e por um candidato de oposição lançado pelo Governo do Estado, então máquina da prefeitura versus a máquina do governo”. Mas da sua perspectiva, JHC sai em vantagem. “A máquina da prefeitura, consequentemente, está melhor estabilizada porque ela tem também uma maioria de candidatos ao cargo de vereador com mandato de vereador. Isso dá margem para capilarizar melhor a campanha do atual prefeito no sentido de que cada vereador tem mais ou menos o seu nicho ou a característica do seu colégio ou do seu perfil de eleitor. Então ele larga na frente por si só, porque está sendo bem avaliado e tem a máquina, tem os vereadores, então essa pré-campanha é feita dessa forma, mas a largada do prefeito de fato quando começar a campanha de fato é na frente, então ele larga na frente”, diz.
Paranhos é categórico ao estabelecer que as outras candidaturas não devem, ter grande relevância na prática. “A gente não tem uma campanha, pelo menos uma pré-campanha, com nomes que a gente sabe que, tem pelo menos aí o prefeito e mais três nomes que são competitivos. Não. Eu tenho um candidato a prefeito, à reeleição, e mais um candidato competitivo. Os outros, mais ou menos, meio que vão demarcar território para os seus partidos, para os seus palanques de vereadores e por aí vai, mas não são efetivamente competitivos pelo menos”, complementa.
CONDIÇÃO INCOMUM
O nome do vice também segue em segredo. Ivan Carvalho afirma que as decisões já foram tomadas, mas ainda não podem ser divulgadas. “Sim, a chapa está montada. Já há definição de vice, mas é de bom tom aguardar as formalidades de praxe. Ata, definições finas dos partidos etc.”.
Apesar de não haver confirmação oficial, já está subentendido que o nome do vice de JHC deve ser o senador Rodrigo Cunha. Plano do prefeito JHC desde o começo, já que garantiria que a própria mãe dele, Eudócia Caldas, assuma a cadeira no Senado, o nome de Cunha entrou em dúvida quando o PP fez um movimento de cobrar a indicação, por conta de acordos passados. Mas essa questão já parece estar bem resolvida, já que o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP), maior liderança do partido em Alagoas, declarou em entrevista ao jornal O Globo que apoiaria o prefeito independente da decisão sobre o vice.
O cientista político Ranulfo Paranhos explica que não é muito comum em eleições anteriores de Maceió essa demora em divulgar o vice.
“Acho que essa é uma das primeiras vezes, nas eleições anteriores o nome sempre aparece, os grupos sempre se apresentam, a chapa é sempre apresentada bem antes, mas eu acho que nesse momento é porque os dois grupos estão tentando estabelecer melhor a estratégia, estão tentando ganhar mais ou oferecer mais a qualquer, a nomes ou escolher melhor, isso diz respeito muito a uma estratégia para você maximizar ganhos, então por isso que o nome do vice não aparece”.
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