Política
Em Alagoas para o Réveillon, Bolsonaro ignora tragédia da Braskem em Maceió
Inelegível e respondendo a processos, ex-presidente fez muito pouco pela região mesmo quando esteve no mandato

Em Alagoas desde a noite da última terça-feira (27), o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), voltou ao Estado para passar a virada de ano em São Miguel dos Milagres, no Litoral Norte de Alagoas, numa pousada chamada Villas Taturé, que segundo o site do estabelecimento, um pacote de quatro dias na suíte deluxe para duas pessoas custa R$ 13.500. Inelegível por oito anos por decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), não realizou grandes feitos no Estado e até mesmo na capital que lhe deu mais votos na eleição passada quando comparado com o atual presidente Lula (PT).
Na chegada ao aeroporto, alguns políticos também foram recepcionar o ex-presidente, a exemplo do vereador Leonardo Dias (PL), o deputado federal Fábio Costa (PP) e a suplente de senadora e mãe do prefeito de Maceió, JHC (PL), Eudócia Caldas (PSB). Quem não foi receber o ex-presidente foi o seu aliado e presidente do partido no estado, JHC (PL). O prefeito de Maceió também não tocou no assunto em suas redes sociais.
Enquanto Bolsonaro vem ao estado aproveitar com luxo as belezas do Litoral Norte, a cidade de Maceió está afundando devido ao colapso da mina 18, pela degradação de sal-gema da mineradora Braskem. Desde que era presidente, Jair não tocou no assunto ou tomou qualquer medida para responsabilizar a mineradora pelo crime ambiental causado pela sua atuação na capital de Alagoas.
Sobre os custos da viagem e estadia, não se sabe ao certo qual fonte o ex-presidente deve usar para custear seu luxuoso réveillon. Vale lembrar que ele recebeu R$ 17,2 milhões em mais de 769 mil transações entre 1º de janeiro e 4 de julho deste ano. Da presidência de honra do Partido Liberal (PL), Bolsonaro recebe pouco mais que R$ 80 mil brutos por mês.
Por ser capitão reformado do Exército, o presidente recebe R$ 11.945,49 brutos por mês. Além dos vencimentos como militar, o ex-presidente também passou a recebe uma aposentadoria pelo tempo em que foi deputado federal. O benefício foi concedido pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), em dezembro do ano passado. O valor é de cerca de R$ 30 mil reais.
Apesar do alto valor de sua renda mensal, o ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), tenente-coronel Mauro Cid, disse em sua delação premiada à PF (Polícia Federal) que havia recebido a “determinação” de Bolsonaro para avaliar o valor de um relógio Rolex. Além disso, o ex-chefe do Executivo ainda teria autorizado Cid a vender o relógio junto com um kit de joias dado pelo governo da Arábia Saudita como um presente de Estado.
Segundo o depoimento do militar, Bolsonaro teria reclamado dos gastos com a mudança na saída do Planalto, das multas recebidas por não usar capacete nas motociatas e do pagamento de uma condenação judicial resultante de um processo protocolado pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Por esse motivo, Bolsonaro perguntou a Cid quais os presentes de maior valor que ele havia recebido enquanto estava na Presidência.
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