Política
Renan defende “cessar-fogo” com Lira para resolver impasse com a Braskem
Ele ressalva que proposta só não vai prosperar se presidente da Câmara “defender interesses da Braskem e Odebrecht”

O senador Renan Calheiros (MDB) disse ontem, em entrevista à CCN, que está disposto a propor um ‘cessar-fogo’ com o presidente da Câmara, deputado federal Arthur Lira (PP), para desvendar os desmandos da Braskem e garantir o pagamento dos prejuízos provocados pela mineração em Alagoas.
“Eu mesmo me disponho a propor uma ‘pausa humanitária’ com o deputado Arthur Lira para que nós juntos defendamos os interesses de Alagoas.
Evidentemente que contra a Braskem. Agora, isso não vai acontecer se o deputado continuar defendendo os interesses da Braskem e da Odebrecht”, afirmou o senador.
Renan voltou a criticar a postura do prefeito JHC (PL), sobre o acordo da prefeitura de Maceió com a Braskem. Segundo ele, o prefeito está querendo resolver tudo sozinho.
“Na segunda-feira, o prefeito de foi convidado pelo governador Paulo Dantas para uma reunião no Palácio, mas preferiu debater o assunto em Brasília”, destacou.
Essa falta de união, na opinião de Renan, prejudica a resolução da crise e atrasa cada vez mais o pagamento das indenizações.
Realocação
Por conta de acordos mal feitos, o governo do Estado, por meio da Defensoria Pública do Estado, tem encontrado dificuldade para a realocação dos moradores dos Flexais e da Rua Marquês de Abrantes.
“Na semana passada, o governador precisou entrar na Justiça para pegar, junto a prefeitura e junto a Braskem, as informações da mina 18. O jornal O Globo denunciou que a Braskem sabia desde setembro que ia acontecer o colapso dessa mina 18, mas não avisou o governo do Estado, nem informou os moradores”, lembrou o senador.
Segundo ele, essas questões deverão ser aprofundadas na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI), que foi aberta no Senado para investigar o desabre provocado pela Braskem em Maceió.
“Quem está contra a CPI da Braskem, está contra a apuração dos crimes provocados pela mineradora”, completou Calheiros.
“Quem defende que se transfira a responsabilidade para o governo federal , ao invés de cobrar que a Braskem responda pelos seus atos, de certa forma está defendendo os interesses da mineradora e da Odebrecht”, acrescentou o senador, dizendo que “essa CPI é fundamental para desvendar os crimes da Braskem e responsabilizar os culpados”.
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