Política
“Mineradora não vai explorar em Paripueira”
Prefeito Abrahão Moura ressalta que tragédia em Maceió é alerta e quer evitar prejuízos ao município e às famílias

A possibilidade de exploração de sal-gema pela Braskem no município de Paripueira, Litoral Norte de Alagoas, foi negada pelo prefeito da cidade, Abrahão Moura (DEM). Ele afirmou à Tribuna Independente que não haverá nenhuma autorização para a mineração no município. O gestor esteve presente ontem (11) na reunião comandada pelo governador Paulo Dantas (MDB), no Palácio República dos Palmares.
“Em Paripueira não existe a possibilidade de haver licença de mineração da Braskem, até porque, diante do que está acontecendo em Maceió, não é o momento para se ampliar a exploração da sal-gema em Alagoas. No momento, nosso principal problema é o fato de as pessoas serem retiradas de suas casas e procuram cidades da Região Metropolitana para morar, e aumentando o número de moradores, gera mais despesas”, explicou o gestor.
“Em hipótese alguma, Paripueira aceitará que a Braskem explore sal-gema”, reafirmou.
Deslocamento populacional
O prefeito de Rio Largo, Gilberto Gonçalves (PP), disse que o município tem sido atingido diretamente pelo crime ambiental cometido pela Braskem.
“Nós temos sofrido porque a maioria das pessoas que perderam seus imóveis, que estão passando por esse momento de grande dificuldade, nós observamos que grande parte dessa população se deslocou para Rio Largo. E, em termos de habitação, saúde e educação, Rio Largo foi a cidade que mais sofreu impactos, principalmente com relação à saúde mental dessas pessoas”, relatou o prefeito.
Gilberto Gonçalves explicou que a cidade de Rio Largo apresentava em média 13 mil cadastros de pessoas com deficiência mental e desde os primeiros problemas causados pela mineração da Braskem, são pelo menos 28 mil cadastrados.
PESCADORES
O prefeito do Pilar, Renato Filho (MDB), falou da incerteza dos pescadores que dependem da Lagoa Mundaú para sobreviver.
“É importante que se chegue a uma situação que possa ajudar diretamente os moradores de Maceió, que foram afetados diretamente e tiveram que se deslocar dos bairros que foram ‘engolidos’. Mas também é preciso que se pense na Região Metropolitana. Nosso município recebeu inúmeros moradores desses bairros e, para além do aumento populacional, nossos pescadores estão sofrendo com medo do desastre ambiental. Não está claro se o colapso irá afetar a pesca devido à salinização e estamos aqui em busca de respostas”, disse Renato.
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