Política
Vídeo mostra mulher quebrando quadro de Renan Calheiros no Senado em 8 de janeiro
Imagens obtidas por g1 e TV Globo mostram invasão de vândalos ao Salão Nobre da Casa, que abriga galeria de quadros dos ex-presidentes
O g1 e a TV Globo tiveram acesso a imagens inéditas e exclusivas da invasão golpistas do 8 de janeiro, que acabou com a depredação das sedes dos Três Poderes, em Brasília.
Na oportunidade, apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) invadiram e destruíram o Palácio do Planalto, a Câmara, o Senado e o Supremo Tribunal Federal (STF).
O material obtido com exclusividade mostra a gravação da parte interior do Salão Nobre do Senado. Uma mulher tira da parede e joga no chão o quadro do senador Renan Calheiros (MDB-AL), que ficava na galeria de ex-presidentes da Casa.
Veja o vídeo:
Na sequência, ela volta e pisa na obra. Depois, a invasora retira a moldura e joga o quadro contra a barra que isolava aquela área. Por fim, o quadro é rasgado e jogado de volta ao chão.
Em janeiro, poucos dias após a depredação dos vândalos, o Senado afirmou que cinco quadros de ex-presidentes da Casa foram danificados. Dois retratavam Renan Calheiros.
Também foram danificados dois retratos de José Sarney e um de Ramez Tebet.
À época, a coordenadora do Museu da Casa, Maria Cristina Monteiro, afirmou que somente um quadro de Sarney poderia ser restaurado. As outras quatro obras foram classificadas como irrecuperáveis, em razão de cortes.
Em maio, a galeria recebeu novos quadros, em substituição às obras danificadas. Um dos retratos de Renan chegou a receber uma espécie de "implante capilar".
Denúncias
Até agora, o Supremo já aceitou denúncias e transformou em réus 1.290 acusados de autoria ou participação nos atos golpistas de janeiro. Ao todo, a PGR já denunciou 1390 pessoas.
O STF já marcou o julgamento de mais 70 denúncias contra investigados de participação no vandalismo.
As acusações oferecidas pela Procuradoria-Geral da República (PGR) vão ser analisadas no plenário virtual entre os dias 14 e 18 de agosto.
Nesta semana, a PGR pediu as condenações dos primeiros réus.
Neste primeiro bloco, a PGR defende a condenação de 40 réus por crimes como associação criminosa armada, abolição violenta do Estado Democrático de Direito, dano qualificado pela violência e grave ameaça, com emprego de substância inflamável, contra o patrimônio da União e com considerável prejuízo para a vítima.
Somadas, as penas podem chegar a 30 anos de prisão.
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