Política

Eleição na Ufal será entre 1° e 2 de agosto

Candidatos ao posto de reitor continuam em franca campanha, apresentando propostas e dialogando com a comunidade acadêmica

Por Thayanne Magalhães com Tribuna Independente 22/07/2023 09h36
Eleição na Ufal será entre 1° e 2 de agosto
Josealdo Tonholo, atual reitor da Ufal - Foto: Edilson Omena

A escolha para o novo reitor da Universidade Federal de Alagoas (Ufal) acontece entre os dias 1º e 2 de agosto e este ano, a votação será eletrônica. A estimativa da Comissão Coordenadora da Consulta Acadêmica para reitor, é que 25 mil membros da comunidade universitária estão aptos a votar.

O processo é disputado por duas chapas, sendo a chapa 1 “Ufal Plural”, formada pela professora Rita de Cássia Souto (reitora) e pelo professor João Araújo Barros (vice-reitor), e a chapa 2 “Avança Ufal”, formada pelo professor Josealdo Tonholo (atual reitor) e a professora Eliane Cavalcanti (vice-reitora).

As chapas estão divulgando suas propostas nas mídias sociais, nas visitas e nos debates. “Este ano consulta acadêmica para reitor da Ufal será online e para participar, é necessário utilizar seu e-mail cadastrado nos sistemas da universidade.

Estudantes, professores e técnicos-administrativos vão receber sua senha de votação no e-mail institucional e/ou aquele cadastrado nos sistemas oficiais da instituição, com esta senha entrarão em um site previamente preparado para exercer seu direito de voto entre 9h do dia 1 de agosto e 21h do dia 2 de agosto. Com esta inovação será facilitado o acesso de ativos e aposentados e estudantes de todos os campi e unidades acadêmicas da Ufal”, explicou Sandra Lira, que faz parte da Comissão Coordenadora da Consulta.

CANDIDATOS 

O atual reitor e candidato à uma nova gestão, Josealdo Tonholo disse à Tribuna que, entre as prioridades apresentadas estão a readequação da infraestrutura da Universidade e a relicitação dos cursos de graduação.

“Considerando o estado precário que hoje se encontra a Ufal, em face do desabastecimento completo de orçamento e os cortes constantes nos últimos, anos, especificamente nos últimos três anos, é necessário que se faça um investimento pesado na estrutura física da universidade, melhorando a acessibilidade e o acesso à internet. A universidade também precisa focar na relicitação dos cursos de graduação e pós-graduação, considerando que a realidade do estado mudou radicalmente nos últimos tempos, particularmente no interior, seja no Agreste, onde temos o campus de Arapiraca, ou no Sertão, com campus em Delmiro Gouveia e Santana do Ipanema, por conta das questões da agropecuária. É uma área técnica de abrangência do nosso Centro de Ciências Agrárias. Por isso precisamos revisitar o estado, conversar com os governos municipais, estadual e definir quais seriam as novas prioridades de formação a serem ofertadas”, explicou o reitor.

Ele ressaltou ainda que a Ufal, hoje, tem um dos maiores orçamentos do estado, mas que não é o suficiente para custear todos os gastos da Universidade.

“Somos um parque de edifício que estão orçados em R$ 500milhões ou R$ 700 milhões e o orçamento deveria ser o equivalente a 10% disso apenas para mavez que não existia essa cultura de participação popular na área da segurança pública. Agora, é chegada a hora de buscarmos os recursos públicos para investir em mais tecnolgia, inteligência, equipamentos, capacitação. Sigamos todos juntos no enfrentamento à criminalidade, conclamou o promotor de Justiça. Também marcaram presença os procuradores de Justiça Isaac Sandes e José Artur Melo e os promotores de Justiça Fábio Bastos, Izelman Inácio da Silva, Lucas Schitini, João de Sá Bomfim Filho e Ramon Forminga. nutenção. Isso seria em torno de R$ 70 milhões. Hoje, o máximo que o governo federal envia é o valor de R$ 5 milhões, o que torna a situação crítica do ponto de vista orçamentário, No total, para manutenção e investimentos, a Ufal recebe R$ 100 milhões, o que é comparável ao valor que recebia no ano de 2009. É absolutamente insuficiente”, reforça.

Tonholo destaca ainda que hoje a Ufal tem 14 propostas de cursos de pós-graduação sendo submetidos. “A comunidade acadêmica muito nos orgulha. Houve aumento dos índices de conceito de cursos e daqui a pouco teremos mais cursos de pós-graduação de alta qualidade para todo o estado de Alagoas, o que enriquece nossos profissionais e aumenta a competitividade do estado”, concluiu.

À Tribuna, a candidata Rita de Cássia Souto destacou que a sua candidatura tem mais de 100 compromissos para a comunidade acadêmica. “Nossa candidatura se situa e se reconhece em um cenário de retomada dos princípios da democracia em nível nacional, diante de tudo aquilo que vivemos nos últimos anos. E, para nós, nada é mais representativo na democracia do que a pluralidade de ideias e de expressões que possam coexistir no espectro democrático. Nosso Programa se organiza em 12 dimensões e em mais de 100 compromissos, que foram construídos e firmados com a comunidade universitária. A esses compromissos se correlacionam mais de 300 propostas, que estão abertas ao diálogo, à crítica e à construção coletiva, porque de fato o que nos interessa é vivenciarmos ainda mais a comunidade e pautarmos discussões fundamentais para o verdadeiro avanço da universidade”, ressalta.

A candidata conclui destacando que sente a necessidade na Universidade Federal de Alagoas e vai propor a reativação do Conselho Consultivo Popular Universitário.

“Entidades, representantes e movimentos sociais de todo estado de Alagoas poderão se aproximar ainda mais da universidade. Nós compreendemos que o orçamento da universidade tem um peso expressivo no dinamismo econômico de Alagoas e temos a mais absoluta clareza de que com o diálogo verdadeiramente participativo podemos estreitar ainda mais essa dinâmica em prol de uma inteligência estadual para a superação da pobreza, para o avanço tecnológico, para o fortalecimento da cidadania e para a recuperação de afetividades perdidas”, finaliza.