O parlamento municipal irá se posicionar dentro de sua competência para a busca de medidas que enfrentem e amenizem o risco de violência nas escolas de Maceió. Esse foi o compromisso assumido pelo presidente da casa, vereador Galba Netto (MDB). Na sessão ordinária, desta terça-feira (18), ao repercutir o pronunciamento do vereador João Gabriel (PSD) que resumiu o conteúdo discutido na audiência pública que debateu o tema, o chefe do Legislativo deixou claro que a Câmara Municipal de Maceió dará sua contribuição.

" O tema mexe com todos nós não só como representantes da sociedade maceioense, mas como pais, mães, além dos que também terão paternidade, e até os que já são avós. Isso tem mexido com o lado psicológico de todos nós e tem abalado a sociedade brasileira como um todo. Tudo que pudermos fazer para achar uma solução imediata para estancar o crescimento absurdo de violência nas unidades de ensino iremos fazer", declarou o presidente.

Segundo Galba a complexidade do tema exige debate, discussões, propostas e a união de ideias que possam representar o conjunto de alternativas que na prática possam ter efeitos práticos, eficazes e duradouros. Isto porque são vários os modelos existentes de segurança e o mais importante é encontrar um que possa ser administrado dentro da realidade econômica do município.

"Não é uma solução fácil e nem vamos dar uma sugestão para estancarmos instantaneamente até porque se tivéssemos o faríamos. Mas cabendo a nossa responsabilidade e dentro das nossas competências vamos continuar de forma incessante debatendo para a busca de saídas e sanarmos o mais breve possível", completou Galba.

Propostas

Na semana passada ele foi um dos parlamentares que sugeriu a formação de uma comissão mista com a presença da PM, Guarda Municipal, Bombeiros e Secretaria Municipal de Educação para atuar com estratégias de segurança e prevenção nas unidades.

Entre outras medidas passou a tramitar na casa o projeto apresentado pelo vereador Joãozinho que prevê a adoção de portas giratórias e detectores de metais. Na mesma linha o vereador Cléber Costa (PL) propôs a presença dos detectores, porém, com o aumento dos muros das unidades para altura mínima de 2,5m e que os pais autorizem as revistas nos filhos.

Eduardo Canuto (PV) apresentou proposta para que nas aulas de educação física, uma delas, pudesse incluir o ensino de defesa pessoal para os estudantes. Uma outra proposta de lei apresentada foi do vereador Siderlane Mendonça (PL) que em seu projeto prevê o monitoramento por câmeras de vídeo e a presença de homens armados nas unidades escolares.

Resolutividade

Diante do número de propostas, cada uma apontando um aspecto de segurança, o primeiro secretário vereador Marcelo Palmeira (PSC) propôs que possa ser feito um único documento reunindo todas as sugestões para ser encaminhado ao Executivo. Como não houve essa articulação ele espera que as propostas sejam amadurecidas para que, de fato, possam ser viabilizadas.

"Como não chegamos a um acordo espero que os projetos que serão apresentados eles tenham uma forma direta de resolutividade para contribuir com o assunto e possam ser implementados para serem cumpridos. Principalmente porque isso envolve a defesa de nossas crianças, nossos filhos e filhas de nossa cidade. Defendo que outra forma de se evitar a violência é a revisão para endurecer às leis, em nível nacional, por meio de mudanças no Código Penal", defendeu Palmeira.