Política
CEI pressiona BRK sobre arrecadação
Vereadores intensificam cobranças contra empresa, citam prejuízos em quase todos os bairros e malefícios ao turismo da capital

A Comissão Especial de Investigação (CEI), instalada pela Câmara de Vereadores de Maceió, está empenhada em pressionar a BRK Ambiental sobre os serviços prestados na capital alagoana. Ontem (22), durante audiência pública na sede do Poder Legislativo, os parlamentares ouviram os reclames da população sobre a empresa, bem como os representantes da BRK apresentaram os argumentos sobre a prestação dos serviços em Maceió.
Na audiência pública, os vereadores intensificaram as cobranças contra a BRK Ambiental e cobram da empresa o quanto está sendo arrecadado e qual o valor de investimentos em saneamento em Maceió. Para o vereador Francisco Sales (União Brasil), relator da CEI, também se pretende investigar as contas.
“Eles [a BRK] vão ter que dizer quanto eles têm de receita e o quanto eles estão investindo. São perguntas que o maceioense precisa saber. Eles precisam saber que estão dentro de uma cidade importante para o turismo. Uma das principais rendas da nossa cidade é o turismo. Não podemos continuar com essas línguas sujas e eles fazendo de conta que estão fazendo alguma coisa para a nossa cidade, que não estão fazendo”, argumentou o vereador.
Em um segundo momento, Sales afirmou que tem preocupação com o turismo caso os problemas não sejam resolvidos. “A BRK no seu ato de muita irresponsabilidade, além de estar prejudicando a vida de milhares de maceioenses na questão da saúde, prejudica até na questão do turismo. As famosas línguas sujas eles até hoje não disseram o que vão fazer”.
Ao subir o tom nas cobranças, o relator da CEI destacou que quase todos os bairros de Maceió estão sendo prejudicados pela BRK Ambiental.
“Conto nos dedos os bairros que não estão sendo prejudicados, da parte baixa à parte alta da cidade. Aonde a BRK chega, sinceramente, com todo respeito aos colaboradores e aos diretores, eles deviam ter vergonha do descaso que estão fazendo dentro da nossa cidade. Empresa privada se preocupa em manter seus clientes satisfeitos, a BRK é campeã no índice de reclamação no Procon. Um absurdo! Deviam ter vergonha na cara para poder deixar a cidade com qualidade maior tanto na questão da saúde quanto na questão do desenvolvimento da cidade”, criticou o parlamentar.
Outra crítica foi sobre a infraestrutura. De acordo com Francisco Sales, a empresa tem realizado uma série de obras, porém deixa o município repleto de buracos. “Esburacam a cidade toda prejudicando a infraestrutura da cidade. Sinceramente, é uma empresa maléfica hoje para a cidade de Maceió, uma empresa que até hoje não trouxe nada de benefício para a cidade de Maceió”.
A audiência pública foi de iniciativa do vereador Eduardo Canuto (PV), integrante da CEI e também contou com uma série de cobranças por parte da população contra a empresa.
Empresa garante que realiza investimentos na cidade
O presidente da Comissão Especial de Investigação (CEI), vereador João Catunda (PP), também fez críticas à empresa BRK Ambiental. Ele justifica que os serviços da empresa estão defasados em Maceió, e que a audiência pública teve como objetivo permitir que a BRK ficasse frente a frente com a população.
“Queremos uma relação honesta, decente, de respostas que sejam razoáveis, ou pelo menos prazos. Todos os dias de sessão, praticamente, se fala em problemas de saneamento e abastecimento. A Casal nunca foi boa, mas a BRK conseguiu defasar o que já era defasado. É um assunto que a gente tem lidado como o pior problema de Maceió”.
BRK
Durante a audiência pública, foi permitido que o diretor-presidente da BRK Ambiental, Herberth Dantas, fizesse uma longa apresentação, além de responder alguns dos questionamentos e trouxe dados da atuação da empresa.
“Nenhuma das obrigações contratuais deixaram de ser cumpridas”, foi o que ele ressaltou ao mencionar que houve um contrato de concessão após o leilão e que tudo o que está acontecendo na cidade é previsto entre o que foi estabelecido. Ele falou que a previsão é investir R$ 2,6 bilhões, mas que isso deve ser feito de forma gradativa em um contrato de 35 anos para atender 13 cidades alagoanas.
Ele mencionou metas e prazos, como por exemplo a água com quantidade, qualidade e regularidade, que deve ser entregue até 2027. E o esgotamento sanitário para 95% da população, também para daqui a 4 anos. Como trabalho realizado, ele diz que foram investidos até agora R$ 233 milhões, que já foram 5 mil novos esgotos e a inclusão de 5 mil domicílios no benefício social.
“Nem todo mundo percebe essa mudança, mas ela vai chegar, não precisa poder de polícia”, respondeu a provocação dos vereadores que já afirmaram mais de uma vez que se utilizarão desse poder se for necessário.
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