Política
“Ataques às urnas estão perdendo espaço no país”
Presidente do TRE/AL, Washington Luiz reforça que voto está consagrado
Os questionamentos sobre a legitimidade do sistema eleitoral brasileiro levantados por grupos políticos, incluindo o candidato derrotado Jair Bolsonaro, perderam força desde a última eleição. Esta é a avaliação do presidente do Tribunal Regional Eleitoral de Alagoas (TRE/AL), Washington Luiz Damasceno Freitas, ao ser entrevistado pela reportagem da Tribuna Independente.
Para o presidente da Corte Eleitoral alagoana, o processo eleitoral brasileiro saiu das eleições do ano passado devidamente consagrado. No dia 8 de janeiro deste ano, uma semana após a posse do presidente Lula, uma ação terrorista tentou um golpe de Estado com ataques aos prédios do Palácio do Planalto, Congresso Nacional e Supremo Tribunal Federal. A ação foi antecedida por meses de acampamentos em frente a quartéis do exército em todo o país questionando o resultado das eleições.
De forma contundente, o desembargador afirma que o movimento não teve razão de existir. “Aqueles que entendiam que houve equívocos, abusos, estão redondamente enganados. O processo eleitoral brasileiro, o voto virtual ele sai devidamente consagrado. É uma experiência exitosa a nível mundial. Ninguém pode questionar a lisura do processo eleitoral, então o que deve acontecer é o seguinte: quem ganha a eleição, leva. Quem perde, tem que se recompor e procurar ver onde errou para ir para o pleito seguinte”, destacou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
Reforçando o trabalho que foi feito pelo Tribunal Superior Eleitoral durante todo o processo eleitoral de 2022, inclusive realizando testes de integridade e divulgação ampla das informações, Washington Luiz atesta que o problema já é passado.
“Esse movimento de desconstrução, se não foi sanado, tenho certeza que foi bem reduzido. A eleição foi limpa, os vencedores, é porque tiveram a maioria dos votos, e eu tenho certeza que a justiça eleitoral saiu mais fortalecida desse último processo eleitoral. Não tem o menor sentido, é uma coisa já ultrapassada que não vai perdurar de maneira nenhuma”, ressaltou o presidente do Tribunal Regional Eleitoral.
O Partido Liberal (PL), sigla que Bolsonaro faz parte, chegou publicar nota sobre o assunto em setembro do ano passado. O próprio ex-presidente também falou publicamente sobre o tema em vários momentos, questionando sem provas uma suposta vulnerabilidade das urnas eletrônicas.
De acordo com o site do Tribunal Superior Eleitoral, a urna eletrônica não é vulnerável a ataques externos. “Esse equipamento funciona de forma isolada, ou seja, não dispõe de qualquer mecanismo que possibilite sua conexão a redes de computadores, como a internet. Também não é equipado com o hardware necessário para se conectar a uma rede ou mesmo qualquer forma de conexão com ou sem fio. Vale destacar que o sistema operacional Linux contido na urna é preparado pela Justiça Eleitoral de forma a não incluir nenhum mecanismo de software que permita a conexão com redes ou o acesso remoto”.
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