Política
Rodrigo Cunha condena plano de mortes do PCC e diz que “mão pesada do Estado Brasileiro” precisa punir criminosos exemplarmente
Senador fez pronunciamento no Senado sobre plano do PCC para atacar servidores públicos e autoridades
O senador Rodrigo Cunha (União) afirmou nesta quarta-feira (22) que a “mão pesada do Estado Brasileiro precisa agir, coibir e punir exemplarmente os criminosos que atentam contra autoridades, cidadãos e contra a própria cidadania e contra a democracia”. Com a afirmação, Cunha condenou o plano do Primeiro Comando da Capital (PCC) para realizar ataques contra servidores públicos e autoridades, incluindo homicídios e sequestro com extorsão.
O plano criminoso foi desarticulado pela Polícia Federal (PF) nesta quarta-feira. O ex-juiz e deputado federal Sergio Moro (União) era um dos alvos. Até o momento, nove pessoas foram presas, sendo seis homens e três mulheres — todos estavam em São Paulo. Também foram apreendidas joias, dinheiro em espécie, celulares, uma moto e um carro de luxo. Outros dois procurados são do Paraná.
Ao todo, sete mandados de prisão preventiva e quatro de prisão temporária foram expedidos. Outros 21 mandados de busca e apreensão também estavam sendo cumpridos. “Tenho certeza de que o governo federal, o ministro Flávio Dino, o presidente Lula e as demais autoridades de segurança do país vão reagir com veemência, deixando claro que o Brasil tem leis rígidas e pune os criminosos que atentam contra elas e contra a ordem”, declarou o senador.
Quando ministro da Justiça, Moro foi o responsável pela transferência para penitenciárias federais de líderes da facção criminosa. A investigação da PF aponta que o PCC tinha olheiros para monitorar a casa do ex-juiz, além de sua mulher, a deputada federal Rosângela Moro (União Brasil-SP), e filhos. Ainda conforme as autoridades, ao menos dez criminosos se revezavam no monitoramento, que aconteceria também em viagens fora do estado. Para isso, foram alugadas chácaras, casas e até um escritório ao lado de endereços do senador.
Em fevereiro, o presidente do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD), autorizou, a pedido de Moro, o emprego de escolta da Polícia Legislativa em agendas e viagens. O promotor de Justiça Lincoln Gakiya, que desde o começo dos anos 2000 investiga a facção, e era outro alvo do grupo. Ele tomou ciência do plano e avisou à cúpula da Polícia Federal em Brasília, que designou um delegado para abrir uma investigação.
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