Política

Relatório que chegará a Moraes deve complicar situação de Ibaneis e Anderson Torres

Documento que será entregue por Ricardo Capelli, o interventor federal na segurança do DF, revela detalhes sobre atuação de serviços de inteligência

Por Raphael Sanz com Revista Fórum 25/01/2023 06h50
Relatório que chegará a Moraes deve complicar situação de Ibaneis e Anderson Torres
Ministro Alexandre de Moraes - Foto: Divulgação

O interventor da Segurança Pública do Distrito Federal, Ricardo Capelli, entregará na próxima quarta-feira (25) um relatório ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, em que promete oferecer um verdadeiro ‘raio-x’ dos ataques bolsonaristas a Brasília ocorridos no último dia 8 de janeiro.

Entre seus principais aspectos, o documento levará diretamente para as mãos do ‘Xandão’ imagens aéreas que mostram um número insuficiente de policiais na Praça dos Três Poderes para conter a sanha golpista naquele 8 de janeiro.

Ainda sobre isso, um importante apontamento que chega junto com as imagens será o que de não houve problemas de inteligência. Em outras palavras, as informações a respeito da chegada de ônibus a Brasília na noite anterior e das movimentações golpistas para a data eram claras. Até mesmo um alerta foi emitido por uma subsecretaria ligada à Secretaria de Justiça e Segurança Pública do Distrito Federal.

Resta saber, e esse é o principal ponto do documento, o por quê não foram tomadas as providências corretas para evitar o caos bolsonarista. Ou seja, como os alertas de inteligência não se traduziram em ações efetivas e em forças de segurança nas ruas da capital.

A dúvida, que assombra o Brasil inteiro poderá ser explicada pelas autoridades competentes: o ex-secretário de Segurança Pública, Anderson Torres, preso no último dia 14 de janeiro pela Polícia Federal ao desembarcar no Brasil, e o governador afastado do Distrito Federal, Ibaneis Rocha. Ambos são bolsonaristas e terão de explicar-se sobre a razão pela qual não havia segurança suficiente para impedir que hordas de apoiadores do ex-presidente destruíssem as sedes dos três poderes.