Política
MP propõe ação para regularizar Portal da Transparência da Câmara de Maceió
As informações não estão sendo alimentadas em tempo real, mesmo havendo atualização de dados da instituição

Visando garantir o acesso à informação, o Ministério Público de Alagoas (MP/AL) propôs ação civil pública, com antecipação dos efeitos de tutela, contra a Câmara Municipal de Maceió para que a Casa Legislativa atualize o seu portal da transparência em tempo real.
Antes dessa ação, o Ministério Público havia realizado recomendação à Câmara com o objetivo de regularizar a situação. Houve a atualização de alguns dados no Portal da Transparência da instituição, porém as informações não estão sendo alimentadas em tempo real.
De acordo com a ação, o MP vê a necessidade de intervenção da Justiça, tendo em vista o descumprimento da obrigação por parte da Câmara de Maceió às medidas de transparência pública estabelecidas pela Lei de Responsabilidade Fiscal.
“A Câmara não consegue colocar a transparência integralmente em seu portal, apresentando sempre uma ‘meia transparência’, faltando informações. Isso acaba prejudicando o controle social por parte dos cidadãos e também o acompanhamento por órgãos fiscalizadores, como o Ministério Público”, comenta o promotor de Justiça Flávio Costa.
Além de dificultar a fiscalização do uso que está sendo dado ao dinheiro público, o promotor destaca também que a falta de transparência tem prejudicado alguns municípios, que deixaram de receber recursos da União provenientes de transferências voluntárias por não disponibilizarem informações obrigatórias em seus portais.
Solicitações
Na ação, o MP solicita que a Câmara cumpra as determinações contidas no artigo 48 da Lei de Responsabilidade Fiscal com prazo máximo de um dia útil para a publicação dos atos e fatos financeiros, orçamentários e administrativos da Casa.
O Ministério Público pede que a Câmara disponibilize no Portal da Transparência o organograma e o fluxograma do Poder Legislativo Municipal; a lotação funcional dos servidores efetivos e comissionados, com as respectivas remunerações, subsídios e verbas indenizatórias; e a Carta de Serviços ao Cidadão (Lei 13.460/2017).
O MP solicita ainda que o Portal da Transparência disponibilize o consumo mensal de combustível pelos vereadores e o acesso público aos projetos de lei em tramitação, assim como a relação de empresas, sites e blogs de publicidade que atuam junto às agências publicitárias contratadas pela Câmara.
O Ministério Público pede também que seja feita a inserção das atas das sessões legislativas no dia útil seguinte, as atas das comissões parlamentares e a relação de contratos de locação de veículos que estão à disposição da Câmara
Por fim, o Ministério Público solicita que o Sistema Eletrônico de Informações ao Cidadão (e-SIC) seja colocado em funcionamento para responder às solicitações da população, além de conter uma página com as perguntas mais frequentes para facilitar o acesso.
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